Gastos com pessoal e encargos crescem mais de R$ 1 bilhão na Prefeitura de Goiânia
26 março 2024 às 15h00
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A Câmara Municipal de Goiânia recebeu nesta terça-feira, 26, o prefeito Rogério Cruz (Republicanos) para a Prestação de Contas do 2º e 3º quadrimestre do ano passado. Segundo os dados apresentados pelo secretário de Finanças, Vinícius Henrique Alves, o déficit da capital atingiu R$ 111 milhões, mesmo com o crescimento nominal da receita.
A receita do 3º quadrimestre do último ano atingiu R$ 8,23 bilhões, o que significa um crescimento nominal de 4,63% em relação ao valor de 2022 (R$ 7,52 bilhões). Entretanto, dívida do Paço Municipal também cresceu, principalmente os gastos envolvendo pessoal.
Segundo o relatório apresentado pela Secretaria de Finanças (Sefin), as despesas subiram mais de R$ 1bilhão entre 2022 e 2023, um salto de R$ 7,10 bilhões para R$ 8,34 bilhões. Uma das maiores variações foram os gastos envolvendo pessoal e encargos que subiu de R$ 3,39 bilhões para 4,21 bilhões no comparativo entre os anos, conforme o documento.
Para o prefeito, o aumento das despesas é considerado “normal” por conta do recente aumento de investimentos. “Desde a pandemia, várias obras ficaram paradas e os contratos foram suspensos, aí quando retornamos, elas avançaram muito. É normal que tenhamos déficits, uma vez que estamos investindo muito dinheiro público”, explica.
Ainda em coletiva de imprensa, o prefeito também garantiu que está sendo feito um trabalho para normalizar as contas públicas. “Não se preocupem, estamos trabalhando para que isso se reestabeleça, as contas são dinâmicas e tivemos aumento do ISS”, pontua.
ISS
Um dos objetivos da Sefin neste ano era que o ISS superasse o IPTU como principal fonte de arrecadação do município. Situação que aconteceu no comparativo entre os terceiros quadrimestres de 2022 e 2023, segundo o relatório. O ISS chegou a R$ 1,17 bilhão no ano passado enquanto o IPTU ficou em R$ 1,09 bilhão durante mesmo período em 2022.
Casa cheia
Durante a prestação de contas, inúmeros servidores da Comurg, Educação e Saúde estiveram presentes na galeria do plenário. Em vários momentos, os manifestantes paralisaram a prestação de contas com o baralho enquanto Cruz e Alves prestavam contas. Entre os gritos, eles clamavam “fora prefeito” e “não a privatização” da empresa pública.
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