Enquanto vereadores discutem contrato, Comurg trabalha em obra de cemitério

Durante seu depoimento na Comissão Especial de Inquérito que apura suspostas irregulares em contratos da Companhia de Urbanização de Goiânia (CEI da Comurg), o ex-diretor administrativo financeiro da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Humano e Social (Sedhs), Eduardo Gonçalves de Carvalho, garantiu aos vereadores que as obras do Cemitério Parque estão em andamento e que devem ser concluídas dentro do prazo contratual.

“O contrato ainda está vigente, não venceu o prazo. As obras estão sendo realizadas mesmo com todos os contratempos”, garantiu o ex-diretor. Segundo ele, o prazo de vigência do contrato é de seis meses, podendo ainda ser prorrogado com um aditivo. Enquanto era chefe da advocacia setorial da Sedhs – antes de ser diretor -, foi ele quem validou o contrato entre a sua secretaria e a Comurg.

Aos vereadores, Eduardo disse que esteve no local na última sexta-feira e constatou que os trabalhores estavam realizando o serviço no local. O Jornal Opção também esteve no cemitério e encontrou o trabalhadores subindo o muro do fundo do cemitério. No entanto, a Comurg não informou até o momento a porcentagem da obra concluída.

De fato é uma obra grande, que o ex-diretor chamou de “reforma geral”. Além do muro e da calçada – uma recomendação do Ministério Público -, serão reformados a sala da administração, as salas de velórios, os banheiros, o vestiário dos coveiros, a capela, os ossários e um monumento no local.

Apesar das obras em andamento, o vice-presidente da CEI da Comurg, vereador Welton Lemos (Podemos), alega que o período de vigência contratual já está no fim. “O contrato do cemitério começou em outubro e nada foi entregue. Não houve aditivo, não houve negociação, não houve nada”, alertou.

Limpeza e manuteção
Durante a visita do Jornal Opção ao Cemitério Parque, foi constatado ainda que a Comurg realiza nesta semana no local um serviço de manutenção e limpeza. Um dos servidores que estrava fazendo este trabalho no momento em que a reportagem esteve no local, disse que encontrou muita sujeira jogada por visitantes nas dependências do cemitério. “O mau cheiro estava terrível”, disse.

Em nota, a Comurg confirmou que “mantém várias equipes trabalhando nas obras do Cemitério Parque”.