Domingo violento marca rodada do Brasileirão nas séries A e B
17 outubro 2022 às 15h43
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O último domingo, 16, foi marcado por brigas de torcidas tanto na série A, como também na série B. O futebol não tem muito o que comemorar com todas as cenas horríveis de invasão de campo, agressões, tiros de borracha e jogadores trancados em vestiários.
Em jogo válido pela 32ª rodada da Série A do Brasileirão, em Fortaleza, Ceará e Cuiabá tiveram a partida encerrada aos 47 minutos do segundo tempo, já nos acréscimos. As duas equipes estão na briga para não cair para a série B do ano que vem, sendo que o time cuiabano abre o Z-4 com 31 pontos e os cearenses vem logo acima com 34 pontos.
Jogando em casa, o Vovô começou perdendo e via o Cuiabá ameaçando a posição do anfitrião. O Ceará jogou todo o segundo tempo com um jogador a mais, mas mesmo não conseguia o empate, o que contribuiu para elevar os ânimos dos torcedores apaixonados. Mesmo com o empate chegando, já nos acréscimos, torcedores do time começaram a brigar entre si. Para tentar fugir da confusão, alguns torcedores invadiram o gramado. O movimento, então, acabou provocando a agressão de jogadores, por parte dos torcedores.
A polícia precisou agir rápido, disparando balas de borracha para dispersar os brigões. Os jogadores correram para os vestiários e, devido à falta de segurança para reiniciar a partida, não retornaram. O árbitro Caio Max Augusto Vieira encerrou a partida com o resultado de 1 a 1, péssimo para as duas equipes que continuam a luta para não caírem.
Cenas lamentáveis
Outro jogo com confusão foi entre Vasco e Sport, pela série B, na Ilha do Retiro, em Recife. Os dois times lutam por uma vaga na elite do futebol em 2023.
Em confronto direto, o time da casa abriu o placar e segurava o resultado até o VAR entrar em ação aos 48 minutos do segundo tempo, decidindo a favor de um pênalti para os vascaínos, em lance polêmico. Raniel – que foi formado nas categorias de base do rival do Sport, Santa Cruz – bateu a penalidade e empatou o jogo. Na comemoração o atleta foi até a torcida adversária e fez provocações, o que deixou os torcedores revoltados, dando início a cenas lamentáveis.
O que se viu logo em seguida foram chutes, empurrões, agressão contra bombeiros, tentativas de agressão aos jogadores do Vasco e, principalmente, a Raniel, que começou as provocações. Imediatamente todos os jogadores vascaínos correram para os vestiários e por lá ficaram.
O árbitro Raphael Claus também foi para o vestiário e aguardou por mais de cinquenta minutos até que, por pedido da equipe vascaína, optou por paralisar o duelo. O time carioca alegou falta de segurança para retornar ao campo, o que foi acatado pelo árbitro.
O que diz a CBF
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) emitiu nota lamentando os ocorridos e pedindo punições e medidas drásticas por parte do STJD. “Aguardamos que o tribunal atue com o rigor necessário para banir os responsáveis pelas cenas chocantes. Estamos indignados com as imagens que vimos, nas duas partidas das séries A e B do Campeonato Brasileiro, competições com números recordes de participação popular nos estádios, que está sendo marcado pelo retorno das famílias as arenas esportivas. Esperamos que o STJD tome posições duras”, afirma.
Goiás e Corinthians
Durante o último fim de semana, o STJD suspendeu o jogo entre Goiás e Corinthians que seria realizado em Goiânia, na Serrinha no último sábado, 15. A decisão veio após o Tribunal de Justiça de Goiás (TJ–GO), acatar recomendação do Ministério Público de Goiás (MP –GO), determinado que o jogo não fosse realizado com a presença das duas torcidas. O Batalhão Especializado de Policiamento em Eventos (Bepe) da Policia Militar do Estado de Goiás fez o pedido depois de apontar risco eminente de confrontos entre as torcidas.
Em despacho, o presidente do STJD, deixou claro que, a suspensão visa garantir a ordem desportiva e o equilíbrio da competição.
A princípio, a partida seria com a presença das duas torcidas, mas passou por alterações apos recomendação do MP goiano. A Justiça comum deu ganho de causa ao time goiano, mas a última palavra nesses casos deve ser da Justiça Desportiva.
*Cilas Gontijo é estagiário do Jornal Opção em convênio com a UniAraguaia, sob a supervisão do editor PH Mota.