Pré-candidato a prefeito de Trindade consolidou grupo com bancada de vereadores, empresários e moradores. Trabalho conquistou apoio do prefeito Jânio Darrot

Marden Júnior Jânio Darrot 1 - Foto Divulgação
Vereador Marden Júnior (Patriota), pré-candidato a prefeito de Trindade | Foto: Divulgação

O vereador Marden Júnior (Patriota) entrou para a política partidária em 2016. O trabalho da família junto à comunidade trindadense se tornou uma provocação para atuar como parlamentar. Com 1.257 votos, foi eleito o quarto vereador mais votado da cidade da Região Metropolitana de Goiânia.

Dez meses depois de assumir o cargo de vereador, o prefeito Jânio Darrot (PSDB) convidou Marden Júnior para se tornar titular da Secretaria Municipal de Planejamento Urbano, Habitação e Regularização Fundiária (Seplanh). O parlamentar conta que a primeira experiência na gestão pública o aproximou ainda mais das pessoas e de suas necessidades.

Na segunda-feira, 8, o prefeito Jânio Darrot declarou apoio à pré-candidatura de Marden para as eleições que, por enquanto, serão disputadas em outubro. Aos 29 anos, o vereador diz que não se trata da continuidade da gestão do tucano, mas da busca, como pré-candidato a prefeito de Trindade, pela “política da progressão de governo”.

Como foi lançar a pré-candidatura a prefeito de Trindade como o nome apoiado pelo prefeito Jânio Darrot (PSDB)?
É uma construção que já vem de algum tempo. Trabalhamos há dois anos em uma possível pré-candidatura. Prefeito Jânio reuniu os pré-candidatos da base desde o ano passado. Ficou definido em reunião que o pré-candidato que melhor construísse a pré-campanha seria o candidato do prefeito. Fomos a campo construir essa pré-candidatura.

Tivemos algumas dificuldades no meio do caminho, mas conseguimos montar um grupo importante, um grupo significativo, que conseguiu representar grande parte do grupo do próprio Jânio, além de outras pessoas que vieram para fortalecer esse trabalho.

Conseguimos construir um grupo com cerca de 60% do grupo do Jânio, com o apoio do próprio Jânio, uma bancada de sete vereadores, enquanto nossos concorrentes internos não tinham nenhum vereador. Conseguimos nos posicionar com um grupo montado. E conseguir trabalhar como um grupo representou uma grande vantagem em relação aos demais.

Na segunda-feira, 8, tivemos a oportunidade de mostrar para o prefeito o nosso grupo e o apoio de empresários da cidade, moradores antigos, pessoas que são referência da cidade. Integrantes da prefeitura, vereadores, secretários. Conseguimos demonstrar essa construção e pedimos o apoio do prefeito. Fizemos uma articulação de fora para dentro e conseguimos nos posicionar nesse cenário.

Esta será sua segunda eleição. A primeira vez que o sr. concorreu a um cargo eletivo foi em 2016 para vereador? O que motivou o sr. a entrar para a política partidária?
Isso. Temos uma empresa (Complexo Golfinho Azul) que existe há mais de 30 anos em Trindade. Na empresa, nós realizávamos um trabalho social. Tínhamos um trabalho de acompanhamento da comunidade. Era uma forma de retribuir para a cidade o que a cidade nos deu. Somos de uma família centenária que participou do surgimento da cidade de Trindade.

Só que nós não tínhamos nenhum vínculo político. Ninguém da família. Foi algo realmente novo. Porém, com o acompanhamento das famílias e o trabalho social que nossa família realizava, as pessoas começaram a nos questionar sobre entrar para a vida pública.

Quando faltava um ano para as eleições de 2016, surgiu a vontade de disputar as eleições. Disputamos as eleições e fui o quarto vereador mais votado. Logo aos dez meses de mandato, o prefeito Jânio me convidou para a Secretaria de Planejamento Urbano, Habitação e Regularização Fundiária (Seplanh).

Fiquei somente dez meses na Câmara e fui para a secretaria. Foi o grande ponto, porque conseguimos desenvolver um trabalho importante. Na regularização fundiária, foi possível entregar praticamente 3 mil escrituras às famílias carentes de forma gratuita. Conseguimos fazer o programa Lotes Solidários, com a entrega de 500 lotes solidários para família que moravam em situação de vulnerabilidade social, em locais de risco.

Melhoramos muito o rendimento da secretaria. Dobramos a capacidade ativa da secretaria com a mesma estrutura física e de pessoas. E isso começou a aparecer nas pesquisas qualitativas.

Surgiu o momento em que o prefeito Jânio chamou os pré-candidatos e determinou que construíssemos a pré-candidatura. E tudo isso veio do trabalho realizado pela família e pela empresa, o que nos levou a entrar para a vida pública.

Qual bagagem o tempo que o sr. ficou à frente da Secretaria Municipal Planejamento Urbano, Habitação e Regularização Fundiária trouxe para a pré-candidatura a prefeito de Trindade?
O primeiro ponto trabalhado é o planejamento urbano. Todas as discussões do Plano Diretor passaram por nossas mãos. Ainda não foi finalizado por conta da pandemia, necessitava ainda a realização de algumas audiências pública. Apesar de que realizamos audiências públicas digitais por meio de lives.

O próprio planejamento urbano da cidade, o desenvolvimento urbano para os próximos dez anos, foi pensado por nós e a equipe técnica da secretaria. Temos hoje um plano urbanístico para os próximos 50 anos. Fizemos um planejamento que virou lei, o PUB [Plano Urbanístico Básico], que Trindade é a única cidade do Estado de Goiás que tem.

Pensamos a malha viária da nossa cidade e a parte de mobilidade urbana para os próximos 50 anos. A secretaria dá uma bagagem para poder planejar a cidade para os próximos anos, até mesmo a longo prazo.

Quando falamos de pessoas, temos a regularização fundiária e outros programas, com o terceiro setor dentro na habitação, que é o social da habitação, que beneficiou de forma direta mais de 3 mil famílias. Eu sempre foi até estas casas. Tive a oportunidade de visitar mais de 3 mil casas durante o tempo que fiquei como secretário.

Não deixei só os servidores irem. Eu tive o contato, ia aos sábados e domingos fazer as visitas às pessoas. Conversávamos, tirávamos dúvidas, ouvíamos opiniões, entregávamos benefícios. Com essas mais de 3 mil visitas, consegui me aproximar da população como um gestor público.

Quando falamos da classe empresarial, a secretaria é responsável pela liberação dos alvarás de funcionamento, doações diárias para as empresas por meio do programa de incentivo às construções. Cidade é uma das cidades que mais constrói casas. É a terceira cidade do Estado com o maior número de lotes comercializados. Esse arcabouço de ações da secretaria tem nos capacitado.

Além disso, estou finalizando minha especialização de Gestão em Políticas Públicas pela Universidade Federal de Goiás (UFG). Ainda não finalizei por conta da pandemia, as aulas foram paralisadas. Tenho me preparado na prática, mas também na teoria.

Na segunda-feira, o sr. falou sobre “praticar a política do bem”. O que seria praticar a política do bem?
A política do bem comum. Acredito muito na política que gere oportunidade às pessoas. A política pública tem de gerar oportunidade. Tem de dar oportunidade ao cidadão de forma igualitária para que ele tenha uma vida melhor, digna, para que as crianças tenham uma escola de qualidade, para que as pessoas tenham oportunidade de moradia, como foi o caso de alguns programas que criamos na habitação.

Fazer uma política de qualidade é gerar oportunidade às pessoas. Esse para mim é o grande ponto. Uma política pública feita de forma honesta, com equilíbrio e com transparência gera oportunidade às pessoas.

Outra questão importante é ter uma política participativa. Que as pessoas participem da gestão de forma efetiva. Sempre digo que a prefeitura tem de abrir as portas, não para o povo entrar, mas para a prefeitura sair, as pessoas sentirem a prefeitura em suas casas.

E hoje nós temos a tecnologia, que leva tudo que temos de fora para dentro da nossa casa. Seja por um aplicativo, que estamos na fase de viabilização da construção de um aplicativo da Prefeitura de Trindade. Estamos com um projeto de governo bem avançado com relação a esse aplicativo, no qual as pessoas terão todo acesso aos serviços e aos programas sociais.

A Secretaria de Saúde será toda conectada através da tecnologia. Pensamos também dentro desta vertente de transformar a política em uma política tecnológica.

Nas duas eleições para prefeito (2012 e 2016), Jânio Darrot enfrentou nomes conhecidos na cidade, como o ex-prefeito Ricardo Fortunato (MDB), a deputada federal Flávia Morais (PDT) e o deputado estadual Dr. Antonio (DEM). Como as pessoas da cidade veem o sr., que é um pré-candidato de 29 anos? Como é ser um pré-candidato tão novo em Trindade?
Vejo minha pré-candidatura como uma construção. Foi construída a várias mãos. Tivemos pessoas engajadas nesse projeto. Tivemos a comunidade engajada. Para o prefeito dar o apoio a nós é porque Jânio enxerga algo diferente. A política hoje já não aceita mais decisões impostas, pressão. As coisas são construídas.

O povo quis isso. Tanto é que tivemos a moção de apoio com milhares de assinaturas da população. Ter hoje uma cidade equilibrada, sem dívida, com infraestrutura bem posicionada, temos a obrigação de cuidar das pessoas. Temos de ter a gestão realmente voltada para a população.

Não tenho dúvida que ser hoje pré-candidato com 29 anos, sendo da vontade de Deus ser o prefeito, é uma responsabilidade muito grande. Tive a oportunidade de ser experimentado, mostrar minha condição como gestor público. Fala-se tanto em renovação. E hoje percebo que as pessoas vão buscar essa renovação. Mas com muito mais qualidade. Hoje as pessoas vão avaliar com qualidade.

Nas eleições passadas, vimos que as pessoas queriam uma mudança. Não sabiam se seria bom ou ruim. Mas queriam mudar. Hoje percebo que as pessoas querem mudança, algo novo, diferente, porém as pessoas estão mais críticas, observadoras. A população estará nesse ritmo. Vão observar se a mudança será digna, positiva. Não somente mudar por mudar.

Em Trindade, uma cidade de 130 mil habitante, temos uma pessoa de referência muito grande, tanto em questão de família como da nossa conduta. Sou católico de dentro da igreja, ministro de eucaristia. Sou alguém que as pessoas conhecem pela nossa história. Conhecem a história dos meus avós, que eu cuidava deles à época em que estavam muito doentes.

Isso trouxe a população para mais perto de mim. Vejo que ter 29 anos, ser pré-candidato e assumir a prefeitura com 30 anos não me assusta pelo fato de me sentir preparado, ter pessoas também preparadas ao meu lado para fazer a gestão. Imagino uma gestão descentralizada, que gere resultado. Temos de buscar resultado para as pessoas da nossa cidade.

“Acredito muito na política que gere oportunidade às pessoas”

Marden Júnior 1 - Foto Reprodução Facebook
“A política pública tem de gerar oportunidade. Tem de dar oportunidade ao cidadão de forma igualitária para que ele tenha uma vida melhor” | Foto: Reprodução/Facebook

Quais são os desafios que precisam ser encarados em Trindade? O que ficará para ser continuado ou ampliado da gestão do prefeito Jânio Darrot para o próximo prefeito?
Nos últimos dois meses, fiz cerca de 60 visitas. Uma grande preocupação da cidade é com a juventude. As pessoas estão preocupadas com que terá para a juventude. Pensamos, dentro da reforma administrativa, em uma superintendência voltada à juventude. Vamos fazer uma descentralização e promover a virada da gestão para o lado das pessoas.

Quando falo em virar a gestão para o lado das pessoas, é fazer com que tenhamos atenção voltada para cada nicho de pessoa. Que o idoso, o jovem e o deficiente tenham suas bandeiras realmente ativas. O prefeito Jânio Darrot cuidou muito bem da estrutura da cidade, melhorou as escolas, unidades de saúde. São todas muito novas, reformadas, com estrutura fantástica.

Agora chegou a hora das pessoas. O prefeito ainda não conseguiu inserir essa vertente porque teve muitos compromissos e não foi possível. No esporte, temos uma evolução grande. Mas também pensamos o esporte na saúde, o esporte na educação e o esporte de alto rendimento, que vamos trabalhar para termos os nossos atletas como referência.

Na área da saúde, buscar a humanização do atendimento. Ter a Secretaria de Saúde mais próxima das pessoas. Na educação, temos a intenção de tornar algumas escolas em tempo integral. Temos um piloto para promover a escola em tempo integral para a população ver.

No meio ambiente, temos um grande problema na cidade. Teremos, nos próximos anos, uma preocupação muito grande com a água. Foi feito um plano pela Saneago que não é cumprido. Dentro do planejamento, pretendemos viabilizar uma nova captação de água para a cidade de Trindade. A intenção é ter uma nova alternativa de captação de água para os próximos 100 a 150 anos.

É preciso potencializar o turismo de Trindade. Não deixar que somente as igrejas sejam turísticas, mas a cidade tenha locais turísticos para eventos, parques, vielas gastronômicas, rua do lazer. Nosso projeto é deixar a cidade realmente turística, com atrativos turísticos. Não somente depender da igreja para receber o turista. Mas que esse turista venha e aproveite da cidade.

Sem falar no desenvolvimento socioeconômico da cidade, no qual também temos como meta a descentralização. De todo o território de Trindade, no máximo 30% vive do potencial turístico. Temos 70% que não tem esse potencial turístico. Temos de gerar identidade. Uma forma de gerar identidade é levar emprego e renda para esses locais.

Temos setores e regiões de Trindade que têm em torno de 50% a 60% de ocupação, setores antigos, com 30 a 40 anos, que contam com áreas públicas desocupadas. Vamos promover o desenvolvimento econômico levando as empresas de pequeno e médio porte para essas regiões, o que gerará a identidade que aquelas regiões necessitam.

Um ponto é fundamental, que é gerar uma gestão tecnológica. Uma gestão que vai buscar resultado. Com a experiência de gestão pública que tive na secretaria e a experiência de gestão privada na empresa, quero buscar uma modelagem que seja sustentável para que levemos resultados e tecnologia para as pessoas.

Hoje temos um grande problema na educação que é a necessidade da tecnologia durante a pandemia. A pandemia tem acelerado esse processo. As escolas têm muita dificuldade por não ter as plataformas digitais. É algo que temos de implantar. O mundo já vive nessas condições. Temos de nos adaptar. É uma renovação que também parte da tecnologia.

O sr. citou o turismo e o fato de ser católico. Qual é o impacto para Trindade da não realização desta festa centenária que é a Romaria do Divino Pai Eterno?
É uma perda muito grande para a cidade. Primeiro porque seria o jubileu de ouro da devoção ao Divino Pai Eterno seria comemorado este ano. São 180 anos de devoção. E também o centenário da cidade. Trindade completa 100 anos no dia 31 de agosto.

Quando se fala hoje de representatividade histórica e cultural, já é uma perda muito grande a não realização. Pelo lado econômico, os próprios moradores e empresários da cidade sofrem muito. Gera uma expectativa muito grande. Pessoas que já tinham reservado há mais de um ano vagas em pousadas e hotéis para estar presentes em Trindade durante o período do festejo.

Infelizmente é um prejuízo grande que a cidade tem, tanto na história como econômico. Os nossos pousadeiros, a rede hoteleira, os restaurantes, lanchonetes realmente estão perdendo muito, principalmente no lado econômico. A cidade perde muito na vertente histórico com a pandemia.

Chegou-se a cogitar a possibilidade de se fazer uma festa digital, com missas transmitidas on-line, mas percebeu-se que havia um risco de as pessoas insistirem em ir para Trindade, o que geraria aglomerações do lado de fora do santuário. Foi a medida mais sensata a ser tomada neste momento?
Vejo a não realização da festa, mesmo pelos meios digitais, como outro prejuízo. Se a festa fosse realizada em Trindade, para não virem pessoas para a cidade só se colocássemos barreiras em todas as entradas da cidade, que são centenas. Seria algo muto complicado. Trindade tem entradas e saídas para os quatro cantos do Estado.

É uma precaução. Hoje o primeiro ponto é a saúde. Temos de nos preocupar com a saúde. O prejuízo vai existir. Tudo que for preciso ser feito para que as pessoas não venham para evitar aglomeração na cidade foi feito através dos decretos municipal e estadual. Vamos ver se isso será suficiente para que as pessoas não venham à cidade.

É algo complicado. Mas vejo como prioritário pensarmos na saúde neste momento.

Como a pandemia tem impactado Trindade? O que mudou na rotina da cidade?
O prefeito Jânio permitiu uma flexibilização interessante do comércio, sempre pensando no equilíbrio da economia com a saúde. Se você não tem economia, você não tem saúde. E se você não tem saúde, você não tem economia. Existe uma flexibilização, mas também existe uma fiscalização muito intensa.

Somente na sexta-feira, 12, foram fechados três estabelecimentos que não cumpriam as normas estabelecidas pelo decreto, mesmo existindo a liberação para a abertura de forma controlada. O comércio tem se mantido com o giro mínimo de capital. Os comerciantes estão satisfeitos.

Mas a preocupação ainda é com a saúde. Que as pessoas tenham a liberdade de trabalhar, comprar, de ir às lojas, mas é preciso seguir o protocolo. Trindade hoje gira de forma mais lenta, mas não está parada. Na economia, temos uma cidade que ainda sobrevive por conta da flexibilização.

O que mudou na rotina das ações presenciais da pré-campanha por causa da pandemia?
Aquele contato com as pessoas diminuiu muito. Temos realmente muita precaução quanto a esse contato. As visitas e reuniões são mínimas, com a menor quantidade de pessoas possível. Temos um ambiente frio para a política. Ainda não sabemos… Até porque não sabemos se vai haver mudança nas eleições. Mas ainda é um ambiente frio.

Nas eleições de 2016, tivemos um ambiente quente. As pessoas estavam realmente engajadas. Ainda tem tempo para chegar às eleições. Espero que a pandemia passe, que possamos trabalhar com mais atividades diárias, com mais reuniões, movimentações maiores. Esperamos que a saúde prevaleça acima de tudo.

“Meu aprendizado, a minha experiência política, em políticas públicas feitas na comunidade é com o prefeito Jânio”

Dairdes Darrot Jânio Darrot Marden Júnior Rouane Azevedo - Foto Iris Roberto Prefeitura de Trindade
“Prefeito Jânio Darrot é a minha referência de gestão no Estado. Tenho muita admiração e respeito por ele” | Foto: Iris Roberto

Na campanha de 2016, os três maiores gastos da campanha do sr. para vereador foram com material impresso, adesivos e mobilização de rua. Como pensar essas três ações durante a pandemia?
Creio que teremos algumas adaptações na legislação eleitoral e no modo de fazer campanha. Temos de aguardar. Acredito que comício e esse tipo de ação não vão poder existir. Uma campanha mais barata, com gasto mínimo. Isso também é positivo, porque vão prevalecer as propostas, uma campanha leal. Temos de aguardar como serão as diretrizes dessa campanha.

Na eleição de 2016, o sr. foi eleito pelo PP. E agora faz pré-campanha pelo Patriota. Quando e por que mudou de partido?
Na última janela de mudança partidária. Fazemos parte da base do prefeito Jânio, do PSDB. E o PP no Estado não caminhava com o PSDB. Fui convidado para me filiar ao Patriota, um partido que tem sido parceiro do PSDB em todo o Estado. Em muitas cidades, o PSDB tem dado apoio a Patriota. E em outras cidade o Patriota dá apoio ao PSDB.

Existe uma parceria muito grande entre os dois partidos. A convite, vim para o Patriota com a certeza de estar na base do prefeito Jânio e na certeza de ser pré-candidato a prefeito de Trindade.

Um dos nomes que disputava o apoio do prefeito Jânio Darrot na pré-candidatura em Trindade era o do vice-prefeito Gleysson Cabriny (PSDB). Com o grupo do Jânio tem trabalhado junto ao vice-prefeito ? E como Cabriny lidou com a escolha do prefeito?
A conversa que sempre existiu do prefeito Jânio conosco foi a da construção. E chegou o momento em que essa construção prevaleceu. Realmente, não seria eu o pré-candidato natural da base. Mas nós fizemos com que prevalecesse o parâmetro que o prefeito Jânio criou, que foi a construção: quem o grupo queria, quem aglutinou mais pessoas. E viemos nessa missão de aglutinas.

Ainda está muito cedo para pensar no que pode ocorrer nos próximos dias, porque a decisão veio há seis dias. Mas sempre temos o caminho aberto. A política é a arte de agregar pessoas e jogar o jogo junto com outros. O vice-prefeito tem as portas abertas para participar conosco nesse projeto.

O que significa para o sr. a figura do prefeito Jânio Darrot na pré-campanha? O sr. tratou o Jânio na segunda-feira como “referência, professor e orientador”.
Prefeito Jânio tem uma aprovação em Trindade de mais de 70%. Quase 75% de aprovação na cidade. Isso mostra que Jânio tirou a cidade de um parâmetro e colocou em outro. Mostra a evolução da cidade promovida pelo prefeito, pelo seu grupo, seu secretariado.

Nós temos muito o que ganhar tendo o prefeito Jânio pensando dessa forma. Meu aprendizado, a minha experiência política, em políticas públicas feitas na comunidade é com o prefeito Jânio. Para mim, é mais importante do que para qualquer outro. Porque é a minha referência de político. É a minha referência também de políticas públicas feitas em uma cidade.

É fácil justificar por que. Porque Jânio é a minha referência, é a pessoa com quem eu tive a experiência, com quem eu aprendi do que escutei, com quem tive a oportunidade de me posicionar.

Prefeito Jânio Darrot é a minha referência de gestão no Estado. Tenho muita admiração e respeito por ele. Vamos ter tudo, não para dar continuidade a um governo, mas para dar progressão a um governo. Não se trata somente de uma continuidade, mas trata-se de um momento diferente, de um grupo diferente, pessoas diferentes que vão ter a oportunidade de fazer parte da construção da cidade.

Uma cidade que vai experimentar a tecnologia, que vai experimentar a renovação, que vai experimentar realmente algo inovador. E que vai dar um outro parâmetro para a cidade de Trindade. Hoje nós temos uma cidade com uma base muito bem feita que vai nos permitir ser pessoas, ter comunidade, ter uma cidade ainda melhor, não com a política do continuísmo, mas com a “política da progressão de governo”.