Dani Marques sobre eleição: “precisamos criar uma capacidade de questionar para ter uma população mais consciente em relação à política”
19 setembro 2022 às 19h20
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Por Ângela Moureira e Stéfany Fonseca
Atuante em pautas sociais, a empreendedora Dani Marques candidata a deputada federal, jamais “cogitava entrar na política”, até receber o convite do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). “Meu sentimento é o sentimento de 67% da população brasileira, né. É de repulsa a política de desanimo de desesperança de não acreditar, desabafou”.
Ao ser questionada sobre o fundo partidário, a candidata deixa claro que não entrou na política para preencher cota e comenta o repasse do partido de 10% do que havia sido combinado. “Eu não recebi o recurso que havia sido comprometido. Eles alegam falta de repasse do nacional”.
Mesmo com a falta de repasse, esclarece: “dentro do partido não percebo discriminação, pelo menos não de maneira explícita”.
Um adendo, no ano em que o direito ao voto feminino completa 90 anos no Brasil, as mulheres ainda enfrentam a desigualdade de gênero na política. As barreiras são tantas que só agora na eleição de 2022 será a primeira a considerar crime a violência política de gênero.
Os partidos políticos também são obrigados a destinar, no mínimo, 30% dos recursos para campanha eleitoral às candidaturas femininas e reservar no mínimo 30% do tempo de propaganda gratuita no rádio e na televisão. A distribuição deve ser proporcional ao número de candidatas. As eleições de 2022 trouxeram algo emblemático: pela primeira vez, teremos quatro mulheres na disputa à Presidência, recorde desde a redemocratização.
A primeira vez que se coloca à disposição para disputar um pleito, Dani garante: “estou entrando na política para batalhar pela minha cadeira, para poder realmente fazer a política, porque não se trata de ser política, mas fazer com que se cumpra a filosofia e o fundamento da política que é a melhoria da qualidade de vida”.
Bandeiras
Sendo eleita, uma das principais bandeiras é desenvolver a cultura empreendedora nas escolas. “Eu apoio ao empreendedorismo o desenvolvimento da mentalidade empreendedora já na escola, porque a gente sabe que hoje o empreendedorismo é o caminho para a gente estar mudando e melhorando a economia do país”.
A luta pela educação é uma pauta prioritária para a candidata. “Hoje nós temos um jovem imediatista e um jovem sem capacidade de questionamento”. Para mudar essa realidade, a proposta de Dani é mudar o pensamento dos jovens. “Hoje para a gente mudar a realidade, a gente precisa mudar a mentalidade, a gente não consegue mudar a realidade com os mesmos pensamentos, com os mesmos comportamentos, critica”.
A defesa dos animais, também está entre as propostas da candidata. Segundo ela, há uma necessidade de implementar um amplo sistema gratuito de atendimento à saúde e ao bem-estar animal, para minimizar o sofrimento de milhares de pets. A proposta é criar o Sistema Único de Saúde Animal (SUSA). “Em São Paulo ele já foi implementado, então é algo totalmente possível de se conseguir. O SUSA seria um hospital público para atendimento de animais domésticos e silvestres”, complementa.
Segundo turno
Por fim, questionada sobre o apoio aos presidenciáveis, é contundente na resposta. “O partido que eu estou, ele apoia ao candidato Bolsonaro”.
Sobre avaliação dos candidatos, Dani Marques diz que é uma eleição desafiadora. “Nós estamos vivendo um ano totalmente atípico da política, totalmente polarizado, né? Onde existem dois ícones e as pessoas criaram uma expectativa em cima de um desses ícones”.