“Cada criança é um diamante, e é assim que a educação as tem tratado em Goiás”
11 julho 2021 às 00h00
COMPARTILHAR
Fátima Gavioli confirma que as aulas presenciais serão retomadas no dia 2 de agosto, recebendo, inicialmente, 30% dos alunos matriculados em cada escola
No comando da Secretaria Estadual de Educação (Seduc) desde o começo do atual governo de Ronaldo Caiado (DEM), a professora e gestora Fátima Gavioli Soares Pereira tem apresentado resultados positivos mesmo em um cenário pandêmico que afetou profundamente o ensino. No ano passado o bom resultado no Ideb, que colocou Goiás em primeiro no lugar no País na avaliação do Ensino Médio parece ser uma demonstração de que as estratégias estão no caminho correto e obtém reconhecimento.
Fátima Gavioli é formada em Letras, em Direito e em Pedagogia. Ela também possui especialização em Gestão Pública e já ocupou o cargo de secretária de Educação no estado de Rondônia. Em Goiás, ela demonstra ter conquistado a confiança do governador e também dos profissionais da rede estadual de ensino. Em entrevista exclusiva ao Jornal Opção, a secretária confirma que volta das aulas presenciais em agosto e aponta que o protocolo sanitário para garantir a segurança da retomada será divulgado em breve. Ela também ressalta as ações que foram feitas tanto em estrutura como em formação para que o ensino no Estado seguisse mesmo durante a pandemia.
O retorno das aulas presenciais nas escolas estaduais estão confirmadas para dia 2 de agosto?
Dia 2 de agosto a Secretaria Estadual de Educação vai convocar todos os servidores para retomar as suas atividades e vamos trabalhar com as orientações do COE (Centro de Operações de Emergências ). Neste momento a Nota Técnica 15 de 2020, fala em 30% da ocupação da escola. Mas poderá ter alteração até o dia 2 de agosto. Eles já estão falando em ampliar esse quadro para 50% de ocupação. Esse limite vale para os estudantes. Para o servidor, todos estarão de volta no dia 2 de agosto.
Há muitas discussões de especialistas e autoridades sanitárias sobre quais seriam as condições ideais para a retomada das aulas. Quais as regras e protocolos serão seguidos em Goiás?
Eu vou lançar o protocolo de biossegurança para a imprensa ainda neste mês de julho. Faremos uma coletiva para divulgar todos os detalhes. Esse será um protocolo escalonado, saindo da Seduc, vai para as regionais, a partir daí vai para escolas e chegará em cada sala de aula com professor. Todos os dias os professores terão que relembrar o aluno das regrinhas básicas do protocolo: uso de máscara permanece – não é porque a pessoa vacinou que abrir mão -, o uso do álcool gel, sabão, água sanitária, os dispenser com sabão nos banheiros, os cartazes, as marcações no chão e o distanciamento de 1,5 metros entre as carteiras.
Todas as regras do protocolo de biossegurança serão estimuladas e trabalhadas para serem cumpridas integralmente. Essa é a garantia do trabalho e da segurança dos servidores, e, claro, que também é a forma para que os alunos voltem a aprender com segurança.
Como será feita a escolha dos alunos que voltarão às salas de aulas neste primeiro momento, em que será limitada a retomada presencial?
Primeiro aqueles que não tiveram acesso às aulas por meio da conectividade. Este aluno volta primeiro que os outros. Em segundo lugar aqueles que apresentaram um déficit muito alto na avaliação diagnóstica que a Seduc fez. Em terceiro, serão os nonos e terceiras séries do Ensino Médio, porque eles passam por avaliação externa neste ano.
Mesmo com toda sua experiência no setor da educação, o que a senhora aprendeu e o que fica de lições desse período pandêmico?
É tudo totalmente novo para nós. Na Seduc e em todo esse tempo que tenho trabalhado na gestão escolar, o máximo que tivemos de paralisação foram as greves. Aquelas suspensões por greves. Mas em pandemia eu confesso que o mundo todo está sendo desafiado agora na retomada garantir o nivelamento, reforço, atividade extraclasse que possam num prazo de cinco anos recuperar tudo aquilo que foi perdido.
“Todas as regras do protocolo de biossegurança serão estimuladas e trabalhadas para serem cumpridas integralmente“
Ninguém vai conseguir recuperar o que foi perdido em menos de cinco anos. É algo desafiador. Os professores tiveram que se reinventar. Os alunos passaram por extrema dificuldade. Ficou comprovado que as famílias, pelo menos no nosso país, não estão preparadas para ensinar em casa. Isso está comprovado. As pesquisas nacionais e internacionais apontam que o Brasil perdeu hoje 40% daquilo que o aluno sabia quando começou a pandemia.
A entrega do kit alimento e a doação de celulares e internet para alunos carentes foram apontados por um estudo internacional como modelos positivos para educação no período pandêmico. São projetos que tiveram quais impactos na comunidade escolar?
Todos os smartphones que nós entregamos através de um convênio com a Receita Federal eles foram para os estudantes que estavam sem acesso algum. Sem dúvida alguma, passamos a atender mais de 1.100 alunos com esses smartphones.
A questão do kit alimentação foi uma ação do governador. Ele me dizia assim: ‘eu estou me vendo na pele da mãe que foi demitida, que está fora de suas atividades remuneradas, aquelas que ficaram em situação vulnerável e não tem mais nada para servir como comida em casa.’
Foi através do Protege (Fundo de Proteção Social de Goiás) que o governador aprovou um repasse imediato de R$ 150 para todas as crianças que estivessem escritas no CadÚnico. E nós passamos o ano de 2020 fazendo esse tipo de repasse. A escola repassava os kits com alimentos que eram comprados com os R$ 23 reais que é repassado pelo governo Federal todo mês, para cada criança.
Em 2021 nós tínhamos uma noção de que retornaríamos às salas de aula – e chegamos a começar-, só que logo veio a segunda onda e tivemos que parar tudo novamente. O governo veio com uma proposta que agora é orientada pelos órgãos de controle. Esses órgãos apontam que não estava certo passar verbas para alguns e outros não. O aluno pode até declinar de receber o valor, mas o estado tem que ofertar. Então pegamos o montante de verba que tínhamos e dividimos por 530 mil. Quando o recurso era distribuído para os estudantes inscritos no CadÚnico eram 108 mil. Quando repassamos o recurso para todos a fatia diminuiu, passando de R$ 150 para R$ 30. Esse é o valor que repassamos hoje.
As escolas continuam enviando os kits, estamos passando os R$ 30 reais e a OVG entrou milhares de cestas básicas para as mães e pais de família. Ou seja, todo mundo se mobilizou de alguma forma para que o impacto social e alimentar fosse minimizado. O governo do Estado investiu até agora R$ 220 milhões em segurança alimentar. Eu sou de um outro estado e conheço a realidade da maioria dos estados e não é qualquer um que tomou essa iniciativa. Foi muito muito difícil um governo pegar um recurso desses e investir de imediato em segurança alimentar em nossas escolas. Não foram muitos governadores que tiveram essa visão.
Foi isso que fez com que a OCDE divulgasse essas duas práticas exitosas em Goiás. E um dos destaques aí é a manutenção do vínculo entre a escola e o aluno. O estudante ou seus pais iam à escola para buscar o kit e precisavam entregar as tarefas e levar as novas para casa. Também era um momento de diálogo e aproximação. Foi uma ideia que se não fosse os gestores escolares não teríamos sucesso.
Vai voltar às aulas, algumas demandas persistem e outras devem surgir. Os alunos terão alguma novidade?
Tem sim. Agora na retomada eu entrego para todos os alunos do 3º ano do Ensino Médio Chromesbooks. Todos esses alunos já vão chegar e receber esses notebooks, um investimento de R$ 144 milhões. O equipamento será repassado no formato de comodato e ao final do ano o aluno deixa para aquele que estava no 2º ano. Eu vou entregar também para educação integral notebooks para os alunos. Estou adquirindo já notebooks para os nonos anos do Ensino Fundamental.
No segundo semestre vamos enviar para cada escola de goias um laboratório móvel com 32 máquinas. Esse laboratório é para o professor agendar e levar para sala e dar aulas com qualidade melhor e os alunos poderem se conectar. O investimento nos laboratórios móveis é de R$ 116 milhões.
Também foi criado o programa Conectar. A ideia é levar internet de qualidade e alta velocidade a todas as escolas de Goiás. O Conectar tem sido uma coisa muito boa e importante neste momento.
Estamos pagando no contracheque do professor R$ 100 reais por mês para garantir que eles tenham internet. Com esse valor eles podem contratar uma internet. Enquanto durar a pandemia vai ter que ser assim.
“Haviam escolas de tempo integral sem refeitório, sem quadras cobertas, outras escolas com o telhado caindo na cabeça das pessoas“
O que aconteceu na pandemia, depois do susto, foi uma reorganização e uma antecipação das TICs ( Tecnologias de Informação e Comunicação) na educação. A gente começou a entender que não vai ser mais possível trabalhar de forma presencial tão somente. O híbrido não vai mais nos deixar. O híbrido veio para ficar e a cada ano vai ser melhor implementado. Isso vale para reuniões, formações de professores e aulas. Estudos e pesquisas comprovam que é possível sim o aluno aprender de forma híbrida.
Secretária, qual região do Estado demanda mais atenção da Seduc, em razão da vulnerabilidade e carência por políticas públicas?
Nordeste goiano. O nordeste goiano tem toda a nossa atenção. Tanto a minha na Seduc, como no governo, da OVG e da Seds (Secretaria de Desenvolvimento Social) tem os olhos voltados para o nordeste do Estado. Tem localidades que a cada 10 cidades, 8 não alunos não têm conexão.
Goiás apresentou no ano passado um resultado de destaque no Ideb. A pandemia e todas as complicações trazidas com ela podem atrapalhar o resultado deste ano?
Está previsto um impacto. Não tem como não ter perdas. As perdas são inevitáveis. O que fizemos foi não parar um só dia. Trabalhar todos os dias. Esse foi o motivo do governo não ter autorizado o corte do vale transporte e nem do vale alimentação dos professores – eles nunca pararam. Então não cortamos nada no contracheque durante a pandemia, justamente por saber que se desestimulasse e o professor perdesse a motivação de ensinar em meio a uma situação difícil e psicologicamente abalados teríamos complicações maiores.
Esse trabalho contínuo e persistente que foi feito pelos professores eu ouso dizer que vai permitir que Goiás continue crescendo de na régua. O que é crescer na régua? Hoje temos a nota 4.8 no Ideb, Goiás é o melhor do Brasil com essa nota. O que eu sonho que dê para ir para 4.9. Se essa nota vai nos dar o primeiro lugar no Ideb eu não sei, mas sem dúvida, não cair já seria uma resposta extremamente positiva ao trabalho que foi feito.
Lembrando que está vindo o Enem, e temos em todos os sábados, a partir das 8 horas da manhã, na TBC, o Goiás bem no Enem. Quero convidar os estudantes do 3º ano do ensino médio para assistir às aulas, participar, acompanhar, anotar e tirar suas dúvidas. Goiás é o melhor ensino médio do Brasil e queremos continuar sendo. Para isso estamos oferecendo a todos os nossos meninos as condições para repor aquilo que ficamos devendo na pandemia.
Secretária, a senhora fez recentes entregas de ônibus para transporte escolar. Essa é ainda uma grande demanda em nosso Estado, principalmente em municípios com perfil rural?
Essa é uma demanda grande demais. Entregamos 210 ônibus escolares destinados pela bancada federal e pelos senadores goianos. Essa entrega de transporte escolar é uma das ações mais importantes aqui na Seduc. Poucas pessoas conseguem entender o que significa a entrega de dois ônibus para um prefeito que tem uma população de 4 mil habitantes e que roda de até 18 mil quilômetros por mês para garantir o aluno na escola. É muito importante.
Esses 210 ônibus atendem a 125 municípios. São prefeitos que teriam que licitar uma linha de ônibus, pagar por aquela linha, fazer um convênio com a Seduc… Agora não. Ele tem um ônibus novinho que ele precisa zelar e manter, assim terá um veículo para transporte seguro por 4 ou 5 anos sem problemas.
Sobre a estrutura das escolas, o que tem sido feito? Qual sua avaliação sobre o período em que assumiu a Seduc, e como está agora, quase três anos depois?
Haviam escolas de tempo integral sem refeitório, sem quadras cobertas, outras escolas com o telhado caindo na cabeça das pessoas e o Conselho Estadual de Educação não conseguia aprovar o reconhecimento ou a renovação do recredenciamento das escolas. Eu garanto a você que o governo entrega neste mandato as obras que estavam paralisadas a anos, ou ele deixa em fase de conclusão. São muitas nesta situação, mais de 60.
“Sou a favor de qualquer modelo de educação que tenha evidência de que funcione e dê certo“
Estamos entregando escolas que ficaram com obras paralisadas por mais de 14 anos. Um exemplo delas é a escola Cunha Bastos de Rio Verde. Na semana passada entregamos uma escola que estava há sete anos com as obras paralisadas, na cidade de Aruanã. No início do mês entregamos em Águas Lindas uma escola que nem a população acreditava mais que ela sairia do papel.
Temos mais de 60 obras paralisadas que foram retomadas. Temos 1049 escolas que neste momento estão com as obras acontecendo. Estamos construindo refeitório em todas as escolas de tempo integral e posso garantir que o dinheiro da educação ele fica na educação.
Eu fiz um repasse para escolas em dezembro de um programa chamado Equipar. Eu mandei R$ 157 mil para cada escola. E o bom é que não existe por parte do governo uma determinação assim: só escolas que têm mais de 200 alunos que receberão as verbas. Não. Uma escola indigina com 25 alunos recebeu R$157 mil. Não é a quantidade de alunos, é o quanto você leva a sério o investimento na escola e na criança. Cada criança é um diamante, e é assim que a educação as tem tratado em Goiás.
Eu repassei R$ 146 milhões no Equipar, e todos os dias eu recebo uma foto de uma das escolas. Elas compram geladeira, batedeira, um freezer ou alguma coisa para equipar a escola e tudo de primeira qualidade. Isso é fantástico.
E ainda foi investido mais R$ 60 milhões no programa Reformar, que é para atender uma demanda como troca de lâmpadas, conserto de torneiras, ou seja, pequenos reparos da escola. Hoje não se encontra mais diretores com um ofício correndo atrás de um político pedindo para que falem com o governador para conseguir um recurso. Não é preciso. Hoje é o contrário. O diretor vai no político que representa a região dele e diz: visita minha escola. Venha ver os banheiros e as cozinhas. Isso é muito bom. Eu acho que é fruto de um trabalho muito sério que conta com uma forte parceria da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego). Isso gera economia e volta para o estudante e professores em forma de investimentos.
Existe um planejamento da Seduc a respeito das escolas em tempo integral? Ao fim deste governo esse é um modelo que será ampliado?
No plano de governo há um comprometimento do governador em colocar 50% das escolas de ensino médio em tempo integral. Por conta da pandemia talvez a gente não bata a meta. A pandemia tirou um ano e meio do governo. Tirou mais de 50% do bom momento que o governo poderia estar vivendo. Mesmo assim demos um salto muito grande. Saímos do início do governo com 57 unidades de Ensino Médio integral para mais de 80 unidades atualmente. Falando apenas de Ensino Médio.
Houve um avanço significativo no seguinte sentido: eu trouxe o Ensino Fundamental para junto do médio. Antes ou era fundamental ou era médio. Hoje colocamos o oitavo e nono ano do fundamental junto com o Ensino Médio. Isso fez com que aumentassem muito o número de colégios integrais. Mas para ter escola integral em 50% das unidades eu preciso estar com 228 escolas neste modelo até o final do mandato. Neste momento estamos com 167 escolas.
Quais as políticas públicas de valorização aos profissionais da educação foram colocadas em prática neste último ano?
Em dezembro de 2020 passamos um bônus para cada servidor de acordo com a carga horária dele. Independente dele ser da cozinha, da limpeza, vigilância, professor, coordenador, diretor ou tutor. Foi por carga horário. Então se ele trabalha 40 horas semanais ele recebeu R$ 2.591. Se era 30 horas semanais foram R$R$ 1.945, e se são 20 horas ele R$ 1.297.
Esse bônus somou R$ 92 milhões para o Estado e foi pago antes do natal com a finalidade de que o servidor pudesse se sentir presenteado, reconhecido por tudo que estavam fazendo e também imaginando que ainda poderíamos precisar das aulas remotas e das ações diferentes por conta da pandemia. O governador ainda criou o bônus conectividade com a finalidade dos profissionais adquirirem equipamentos de tecnologia.
O pagamento segue rigorosamente em dia. Fizemos também neste período de pandemia um acerto com os servidores que tinham rescisão e direitos a receber aqui na Seduc, desde 1996. Tinha gente que tinha direitos e vantagens que não eram pagos. Nós zeramos a pauta. Todos que tinham algum direito, independente do valor. Estou falando de R$ 130 reais a R$ 30 mil reais. Pagamos sem que o servidor precise abrir nenhum processo. Fomos lá e pagamos porque era um direito reconhecido. Foram mais de 36 mil acertos.
Também o professor contratado ganhava metade do que ganhava um professor efetivo. E na pandemia o governo do Estado enviou para Alego um projeto que foi aprovado pelos deputados que significa duas grandes conquistas para o contrato. Eles passaram a receber o piso nacional em Goiás e acabou a quarentena para o contrato – antes a cada fim de contrato o professor precisava sair e ficar 2 anos fora. Isso foi uma conquista. Quando o professor estava integrado e no auge da sua produtividade ele tinha que encerrar o seu contrato e ficava impedido de ter um novo por dois anos. Trabalhamos muito para garantir esses direitos e vantagens que eles tinham a receber.
Como é esse modelo de banco de servidores temporários (Banco de habilitados) que a Seduc passará a contar?
Eu estou fazendo a seleção este ano com entrada a partir de janeiro de 2022. Eu só vou substituir os que já tem cinco anos. Esses encerram o contrato hoje e amanhã eu já faço um novo contrato para ele.
Eu estou me organizando, atendendo um pedido do governador, para fazer um planejamento de um concurso. Hoje estou impedido pela Lei 173 de 2020, mas assim que essa lei deixar de vigorar o Estado vai abrir um concurso para professores no Estado. A princípio apenas para entrada de professores.
Qual avaliação a senhora tem sobre as escolas militares em nosso Estado? Aprova a ampliação deste modelo?
Vejo com bons olhos e sou totalmente a favor. Eu sou a favor de qualquer modelo de educação que tenha evidência de que funcione e dê certo. Eu seria irresponsável se eu fosse contra o Colégio Militar apenas por ser contra. Quem está lá dentro dando aula é o nosso professor. Quem está lá dentro fazendo a alimentação é a nossa merendeira. O Colégio Militar ele tem a presença de alguns militares que têm formação para estar ali naquela área de educação e vejo isso como parceria. Sou a favor sim dos Colégios Militares, sou a favor dos colégios em tempo integral, sou muito a favor das Apaes e das pestalozzis, sou a favor da escola rural.
Inclusive em 2022 se preparem que vem aí a agroescola. É uma nova modalidade de educação. Aí de repente alguém que vive na região metropolitana diz que não concorda com a agroescola, mas se ficar evidenciado que é uma proposta de sucesso ela vai resistir a todo tipo de pressão. Eu sou a favor da educação, se ela vem também fardada, eu sou a favor.