“A Celg quebrou por assumir custos que não eram dela”
28 dezembro 2021 às 15h03
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Livro narra como uma empresa bem administrada desde sua fundação nos anos 50, se viu imersa no populismo e sem planejamento acabou sendo privatizada
Elder Dias, Euler França Belém e Marcos Aurélio Silva
Engenheiro eletricista, Salatiel Pedrosa Soares Correia trabalhou na Celg por 34 anos. Nesse período, ele pode conhecer a estatal e suas nuances como poucos. O acesso a informações restritas, históricas e a dados gerenciais da empresa lhe deram subsídios para sua última obra literária: “O Capitalismo Mundial e a Captura do Setor Elétrico na Periferia”, lançado pela Editora Appris.
Na obra, Salatiel faz uma radiografia do processo político-administrativo que conduziu a Celg da condição de maior estatal goiana — e uma das oito mais bem-sucedidas do setor elétrico brasileiro ― a um nível de descapitalização que a deixou em estado falimentar antes de ser vendida para iniciativa privada. Em entrevista ao Jornal Opção, o engenheiro e escritor relatou parte de suas pesquisas e impressões políticas e administrativas do setor elétrico em Goiás e no Brasil.
Euler França Belém – Qual sua formação e experiência que lhe permite escrever sobre o setor elétrico, em especial sobre a Celg?
Minha formação é em engenharia elétrica e em administração de empresas. Fui em 1988 para a Unicamp para fazer o mestrado em energia e fiquei por dois anos. Essa experiência foi um divisor de águas para mim, porque lá eu aprendi a ver o outro lado da montanha. Aprendi técnicas, projeções mais sofisticadas e cenários. Coisas que não tinha em Goiás.
Fui talvez o primeiro engenheiro a conhecer cenários aqui, tive excelentes professores. Meu orientador é o filho do Celso Furtado, o professor André Tosi Furtado. Quando cheguei em Goiás com vontade de escrever, bati às portas do jornal Opção e do Jornal Diário da Manhã, que me abriu as portas e comecei a publicar coisas técnicas da área de energia.
Escrevi um livro. O primeiro livro que eu escrevi chama-se ‘Goiás – Globalização e o Futuro’, usando as técnicas de cenários que não existiam por aqui, projetando o futuro do Estado. Depois escrevi um livro chamado ‘A Construção de Goiás’. Fiz um livro chamado Construção de Goiás.
Posteriormente eu fui caindo na área de energia. Publiquei um livro sobre tarifa de energia elétrica, utilizando um conceito de tarifa diferenciada, que foi embasado em um estudo de caso que eu fiz quando estava em São Paulo, na Companhia Paulista de Força e Luz. Posteriormente fiz um livro sobre o agronegócio, chamado ‘A Energia na Região do Agronegócio’, em que eu levantei o agronegócio em Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Brasília, estudando como é que era a matriz energética da região Centro-Oeste.
Depois fiz um livro comunicativo chamado ‘Setor Elétrico Brasileiro’ mostrando essas coisinhas da Celg que acabou chegando aonde chegou, mas foi um livro mais com caricaturas para mostrar exatamente o que estava acontecendo aqui.
Depois eu fiz um livro chamado ‘Cheiro de biblioteca’, e por fim cheguei a esse livro: O Capitalismo Mundial e a Captura do Setor Elétrico na Periferia. Este livro é especial. Fiz questão de que quem lesse primeiro fosse o doutor Irapuan Costa Júnior, porque eu estudei o governo dele e quem estava na presidência da Celg naquela época.
O livro relata um processo histórico, usando o modelo de um pesquisador canadense chamado Henry Mintzberg. Esse modelo divide a organização e aí se tem os stakeholders, que são aqueles que influenciam dentro da organização. Por exemplo, o empreiteiro está fora da organização, mas ele indica o diretor que está lá para atender os interesses dele. Feito isso, usando o modelo, levantei a dinâmica da Celg desde a fundação, em 1956, e fui até a venda de Cachoeira Dourada. Então no processo histórico eu fui identificando as figuras e quem realmente tinha importância para a empresa.
Euler França Belém -No seu livro, o Senhor reconstituiu o processo histórico da Celg desde sua fundação até um momento que se mostrou drástico para empresa. Falo da privatização da Usina Hidroelétrica de Cachoeira Dourada. Durante esse período o Senhor identificou três importantes eras na história da Celg, quais foram?
Eu dividi o estudo e cheguei em três eras. A primeira era desenvolvimentista, que vai da fundação de Brasília, da fundação da Celg até mais ou menos 1960. Depois vem a era autoritária, com golpe militar, e depois a era populista, que é a era que entra Ary Valadão para frente.
Porque dizer essas três eras? O que diferencia uma da outra? Na era desenvolvimentista tem um estado com dificuldades, mas com muita ideologia desenvolvimentista impregnada pelo governo JK. O stakeholder foi principalmente o governo federal através do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico, que financiou muito da primeira etapa, por causa de Brasília.
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Brasília foi um diferencial muito grande e carreou recursos para a construção de Cachoeira Dourada. Era uma meta simples do plano JK, então precisava de energia e eles investiram muito na usina.
Euler França Belém: Cachoeira Dourada foi construída exatamente em que ano?
Ela começou logo em 1957. Mas o que eu digo para você é o seguinte: o primeiro presidente que eu considero um grande presidente é o doutor Oton Nascimento. Ele foi um técnico de mão cheia e incorruptível. Ele foi um engenheiro formado na Universidade de Ouro Preto, foi um homem que conduziu a empresa e minou a influência política dentro dela. Oton lidou com muitas dificuldades, e enfim conseguiram, na gestão dele, construir a primeira etapa da usina de Cachoeira Dourada.
Na segunda era, que seria a era autoritária, quem se destaca nela foi presidente doutor Joaquim Guedes de Amorim. Com ele vieram os programas de eletrificação rural. Ele criou o departamento.
Estive com ele antes da morte, para conversar sobre esse livro, já que existe uma polêmica muito grande, porque foi na gestão dele que se entregou o mercado de Brasília. Havia uma certa crítica porque a Celg abriu mão do mercado, mas depois conversando com ele e tendo acesso aos documentos, eu fui ver que foi uma grande jogada do governo do governo Otávio Lage.
Brasília precisava de energia e tinham constantes reclamações de ministros, porque a Celg não estava dando conta do recado. Até chegar à conclusão do seguinte: nós vamos entregar o mercado em Brasília e vamos carrear recursos, concentrar os investimentos de Brasília em Goiás.
Foi aí que veio o boom da eletrificação rural, comandado pelo doutor Guedes. Ele é um homem que tem história dentro da empresa.
Euler França Belém – Por que o senhor considera que essa gestão foi positiva? O que houve de especial?
Por uma série de razões. Em primeiro lugar, antes do doutor Irapuan não existia uma estrutura técnica de infraestrutura dentro da empresa. Ele foi para fora do país, trouxe engenheiros qualificados e montou a técnica de infraestrutura. Então, a estrutura técnica da empresa existe, a partir da era Irapuan Costa Júnior.
Outra coisa que foi fundamental na era Irapuan foi a abertura do mercado de ações. A Celg conseguiu colocar ações da bolsa de valores de São Paulo e captar recursos.
Também foi neste governo a construção da terceira etapa da usina de Cachoeira Dourada. Ou seja, o planejamento da empresa com técnicas existe a partir do governo de Irapuan Costa Júnior. A construção da terceira etapa fundamental a partir do Irapuan na empresa, Goiás passou a ser exportador de energia. Ele deixou a empresa entre as dez melhores do setor elétrico nacional.
Irapuan Costa Júnior teve realmente um papel muito importante nesse sentido. O interessante é que existe um divisor de águas. O presidente que o sucedeu na empresa, doutor Aderval Nunes, foi um presidente que teve em dois momentos da empresa. Com o Irapuan no governo, e com o Ary Valadão. Com Irapuan no governo, a administração dele foi excelente.
Euler França Belém: E por quê mudou o perfil da gestão? Começou-se a fazer política na Celg?
Tanto na era autoritária, quanto na era desenvolvimentista, o conhecimento era um valor dentro da empresa. Você se promovia dentro da empresa por conhecimento e por tempo. A partir da era populista, o conhecimento deixa de ser valor. O que valia era ter padrinho político. Então, a empresa começou a se apodrecer internamente, em função das indicações políticas.
Euler França Belém: Então você considera que essa política começou na gestão do Ary Valadão?
Diria que começou a ter degringolação do sistema a partir daí. Eu não gosto de fulanizar a coisa, mas eu diria que a partir da era populista mudou totalmente.
Na era autoritária, a força é do Governo Federal, e na era populista entra um novo ator de influência que não tinha antes, que são os empreiteiros. Então os empreiteiros começaram a partir das eleições diretas, a financiar campanha política. Digo que a coisa foi tão drástica que enfrentei inúmeros problemas com isso. Teve um ex-presidente que não me demitiu porque eu já tinha nome, mas tentou.
Fiz dois estudos, cheguei e disse para eles o seguinte: olha, se a empresa trabalhar articuladamente dentro dos planos de eletrificação rural, dentro do conceito complexo agrícola, fazendo parte de uma estratégia dentro do plano do Estado, em dez anos nós poderíamos estar com tudo estruturado. Veja bem, a energia é um vetor básico do desenvolvimento, sem energia não há crescimento econômico. E expliquei que poderíamos atender o crescimento econômico do estado investindo só 20% a mais.
Teria que estar trabalhando corretamente nesse sentido. Agora, se não trabalhar, aí não vamos ter que investir 20% a mais, vai 28 vezes mais. Então o que quero dizer: o que esse livro aborda sobre investimentos? Os empreiteiros colocaram coisas no sistema de eletrificação rural demais para pouco crescimento econômico.
Uma coisa determinante foi o plano real. Antes do plano real, os investimentos eram angariados da seguinte forma: era pelo seu total. Aquela receita inflacionária que existia deixou de existir repentinamente, porque o estado estava carreado de sobre investimento para tudo quanto é lugar. Para atender quem? Ao desenvolvimento do Estado? Na realidade o Estado atendia aos empreiteiros.
Marcos Aurélio Silva – Foi neste período que a Celg começou a ter problemas financeiros?
O populismo ficou sem dinheiro. Não tinha mais a receita inflacionada. Tinha um sério problema de caixa. Então chegaram a conclusão de vender a usina Cachoeira Dourada. Entrou naquele discurso de privatizações, o Estado mínimo e aí venderam a usina.
Neste livro consegui documentos e fui guardando. Aqui tem como os recursos eram destinados. Tem no livro como é que o dinheiro saía das contas. Mostra-se gasto às tontas, um governo sem plano estratégico que gastou do jeito que quis.
E cadê as instituições de controle? Bom, a primeira instituição de controle seria o Ministério Público. Mas eles não iriam chegar a lugar algum, porque existe uma coisa chamada simetria de informações, que é aquela informação técnica que alguns tem e quando passa para outra fora daquele contexto, enrola tudo que não tem como chegar a lugar algum. O Ministério Público não tinha um quadro técnico para destrinchar as informações que chegavam para o promotor e procurador.
A Agência Nacional de Energia Elétrica é outro órgão de controle, mas o que que acontecia com a fiscalização da Aneel na empresa? Eles produziam documentos técnicos, mas por trás tinha a má política. Assim, o documento técnico não materializa uma ação dentro da empresa. Era para inglês ver.
Tem um programa dentro do setor elétrico, que é o lado financeiro da coisa, chamado Programa Econômico e Financeiro. Esse programa de projeção funciona assim: se pegar o passado e projetar o futuro, quanto vai valer a empresa? Bom, eu cheguei a conclusão de que qualquer empresa saudável tem que trabalhar o equilíbrio econômico. De acordo com os dados da empresa, se ela tivesse trabalhado corretamente, no equilíbrio econômico financeiro, ela poderia valer R$ 2 bilhões a mais do que valia quando foi vendida.
Elder Dias – Qual a diferença do caminho que a Celg percorreu, com de outra empresa, como a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig)?
Tinha um colega na Cemig, então tive acesso aos documentos e aos dados da empresa para comparar. Tem uma coisa chamada relação energia/ PIB. Quando se joga o investimento em energia, o PIB tem que crescer. Se o PIB não crescer, o investimento é ocioso. É dinheiro que você está jogando fora.
Fui comparar na eletrificação rural a relação energia/PIB em Goiás e a relação Energia/PIB Minas Gerais. Em Minas Gerais chegou a 1,2, ou seja, 20% a mais do que o necessário. Em Goiás, ela chegou a sete, oito vezes mais do que o necessário.
Por que Minas foi preciso tão somente 20% a mais? Porque Minas trabalhou dentro do complexo agrícola articulada a um plano do estado e aqui a Celg assumiu papéis que não eram dela. Vou te dar um exemplo: A Celg levava energia a lugares que não tinha nem estrada para escoar a produção. A Celg tem que levar energia elétrica. É o papel dela. Mas não é função dela construir uma estrada. E ela fez isso, trabalhou sozinha sem se articular com a Secretaria de Agricultura, com a Secretaria de Planejamento, com os órgãos de articulação do Governo Federal. A Celg quebrou porque assumiu custos que não eram dela.
Outro exemplo: em Minas Gerais houve uma época em que a Cemig foi muito castigada. O governo Nilton Cardoso tentou entrar na empresa para torná-la mais política. Entretanto, a estrutura técnica da empresa se uniu e peitou o governador Ele teve de recuar. Em Goiás não aconteceu isso. Já na era populista a Celg estava passiva e o quadro técnico não se articulou.
Marcos Aurélio Silva – O senhor fala de falta de planejamento, mas até hoje se fala muito sobre isso no setor elétrico. Esse é um dos motivos que resultou num apagão para Goiás?
O que aconteceu foi assim: o doutor Irapuan assumiu o governo e já havia um plano de gestão. A primeira coisa que ele fez foi respeitar esse plano. Esse tipo de coisa não aconteceu jamais depois da era autoritária.
“A energia é um vetor básico do desenvolvimento, sem energia não há crescimento econômico”
A mídia diz que o apagão é por uma questão apenas climática, mas isso não é verdade. Lógico que há uma questão relacionada à falta de chuvas, mas também é verdade que inúmeras empresas do setor elétrico no Brasil faliram. Elas empresas perderam a capacidade de financiar a expansão. Houve dívidas demais e a demanda não espera. O outro lado da moeda foi a falência das empresas estatais e a perda de capacidade delas em investir na expansão do sistema.
Euler França Belém – Maguito Vilela sofreu pressão do presidente Fernando Henrique Cardoso para vender Cachoeira Dourada, dentro da política liberal. Ou seja, dentro da cabeça deles não era algo populista?
Não queriam comprar Cachoeira Dourada. Mas aí veio o mais drástico de tudo: a assinatura de um contrato de compra de energia da usina com um valor estabelecido por 10 anos. A Celg ficou presa nisso, perdendo oportunidade de comprar energia mais barata de Furnas. Viabilizaram a venda da usina com contrato de compra de energia dela.
Euler França Belém – Mas porque esse tipo de negociação?
Causa estranheza engenheiros e diretores da empresa com formação em engenharia saberem que aquele contrato era danoso e assinar. Neste contrato tinha uma decisão que precisava de uma estatura de grandeza.
Meu grande embate dentro da Celg foi de que engenheiros colocados dentro da empresa para protegê-la assinaram um contrato daquele. Essa é a fase mais visível do capitalismo sem risco. A venda de Cachoeira Dourada foi isso. Na era populista eu não dou nota 3 pra nenhum presidente da empresa.
Euler França Belém – Saiu informações de que a empresa que comprou Cachoeira Dourada era altamente lucrativa. Como se deu isso?
Posso te dizer que o contrato dessa empresa com o Estado viabilizou a venda da usina. O que eu coloco é que eles automatizaram tudo. Se antes tinha uns 40 ou 50 funcionários, com a automatização ficou 4 ou 5. Houve a inovação tecnológica, o que permite esse tipo de coisa. Na privatização houve ganho de produtividade.
Euler França Belém – A empresa que comprou Cachoeira Dourada é privada?
Era chilena. Mas hoje pertence a Enel.
Euler França Belém – Qual análise que o senhor faz sobre a Enel?
A minha crítica é que se fizer um levantamento para saber onde a Enel se expande no mundo, ela está na América Latina, no interior da Rússia e na Arábia. Mas ela entra em regiões onde o estado é forte.
Marcos Aurélio Silva – Porque a Enel se mantém estatal no seu país de origem e se expande comprando empresas em outros países?
Hoje a população está reclamando de qualidade de energia. Quando a Enel assumiu eles colocaram ganho de gestão em tudo. Houve ganho de produtividade. Mas isso deveria ser parte deles e parte da população. Como a tarifa está crescendo eu não sei até que ponto a população está ganhando.
Quando eu vejo uma empresa renunciar investimento em usina hidrelétrica, eu me pergunto: será que veio para ficar muito tempo?
Um outro agravante é que em uma empresa pública o conceito de energia é para o desenvolvimento. Na privada é commodities. Ao se tornar uma mercadoria ela vai atrás do lucro sem fim. Uma empresa privada se não tem uma regulação forte ela vai querer investir no nordeste de Goiás?
O que eu com preocupação é que a velocidade da privatização foi muito maior do que a construção das regras reguladoras. Para regular o Estado é frágil. Não sei até que ponto o regulador é controlado pelo regulado. Não sei qual é a amarra política.
Euler França Belém -Energia solar é o futuro?
O país tem que explorar a sua riqueza. Mais de 80% da energia produzida no Brasil vem dos rios. Não podemos abrir mão de construir usinas hidrelétricas. A energia solar e eólica são importantes, mas é complementar. Não se sustenta um país como o nosso desta forma. Somos um país hídrico.
Marcos Aurélio Silva – E qual a crítica ao setor elétrico atual?
A Eletrobrás de hoje é uma caricatura do que foi no passado. Eu tenho saudades dos grandes nomes que presidiram a Eletrobrás. O setor elétrico fazia parte de um projeto de nação. Passamos esse governo todo sem ganho e sem reconstruir a instituição. Isso precisa ser pensado e colocado no debate político.
Elder Dias – E a atual gestão do Estado, a política dele voltada para as empresas estatais são avaliadas de que forma?
Não tenho ligações com o governo de Ronaldo Caiado, mas acho que é um governo íntegro. Ele fez uma coisa que se os outros tivessem feitos teriam salvo a Celg: ele blindou as empresas. Colocou um presidente de alto nível e adotou a meritocracia.
O pouco que se ficou na Celg, aquelas usinas, que é a empresa de geração, ele colocou uma pessoa de alto nível para gerir. Ele fez uma gestão. Uma empresa pequena, com gestão quase que valeu R$ 1 bi. A diferença está no governador. Ele tem minha admiração. Ele é estadista.