Lembra dela? 16 anos após ser resgatada de cativeiro, Lucélia Rodrigues disputará eleição

25 abril 2024 às 17h10

COMPARTILHAR
Lucélia Rodrigues, que foi torturada por aproximadamente dois anos por Sílvia Calabresi Lima, sua adotante, agora é pré-candidata a vereadora por Goiânia, pelo PSD, partido do senador Vanderlan Cardoso e pré-candidato a prefeito de Goiânia. Dezesseis anos atrás, Lucélia enfrentou o que descreve como o pior pesadelo de sua vida, quando tinha apenas 10 anos.
Hoje, aos 28 anos, Lucélia é mãe de três crianças, com idades de 9, 7 e 10 meses, e se considera uma mulher realizada e feliz. O contexto atual de sua vida é muito diferente do que ela experimentou há quase duas décadas.
Lucélia Rodrigues, missionária e membro da Assembleia de Deus Ministério Campinas, liderada pelo Bispo Oides José do Carmo, enfatiza sua escolha pelo PSD, pois se sente mais confortável com essa legenda. Ela assegura ter o apoio de alguns ministérios e líderes religiosos.
Recordando sua participação nas eleições legislativas de 2020, pelo PSC, quando obteve 1.416 votos, Lucélia reconhece que não alcançou êxito. No entanto, ela avalia que este ano será diferente. “Estou em pré-campanha e estou confiante de que terei maior visibilidade, o que me levará a uma votação superior à do pleito anterior”, avalia. Lucélia expressa otimismo e destaca que, se eleita, trabalhará em prol das crianças, dos adolescentes e das mulheres. “Com fé em Deus, se for sua vontade, serei a mulher mais votada em Goiânia”, acredita.
Em relação a Adriana Accorsi (PT), Lucélia ressalta sua profunda gratidão pelo apoio recebido da delegada em 2008. No entanto, ela enfatiza que não possui vínculos com o PT. “Adriana é uma pessoa maravilhosa e fez parte da minha história, libertando-me do cativeiro. Contudo, não mantenho qualquer relação com o partido dela”, frisa.
Como missionária evangélica, Lucélia viaja pelo país compartilhando sua história de superação e o que ela considera um milagre divino em sua vida. Ela relata ter perdoado sua agressora e expressa o desejo de reencontrá-la. “Deus me curou completamente. Escolhi perdoar e Deus me presenteou com uma segunda família, meus pais adotivos, a quem chamo de pai e mãe”, afirmou Lucélia.
Leia também:
Caso Lucélia: veja como está a menina torturada pela mãe adotiva em Goiânia