Eleitores de Goiânia revelam se irão votar no segundo turno
16 outubro 2024 às 09h45
COMPARTILHAR
Devido à alta abstenção de quase 300 mil eleitores que não votaram no primeiro turno em Goiânia, o Jornal Opção foi às ruas para ouvir dos eleitores se eles pretendem votar no segundo turno, considerando que no dia 24, uma quinta-feira e véspera da votação, haverá feriado em Goiânia em comemoração ao aniversário da capital.
A reportagem abordou e entrevistou 15 eleitores. Apesar de se mostrarem descrentes com a política, 11 deles afirmaram ter votado no primeiro turno e planejam retornar às urnas no próximo dia 27 para escolher seu candidato definitivo.
Dos outros quatro, dois garantem que não votaram no primeiro turno e nem votarão no segundo. Um deles menciona que votou no dia 6, mas, por estar viajando no feriado, não comparecerá às urnas no dia 27. Outro diz que votou no primeiro turno, mas não votará novamente porque seu candidato não está mais na disputa. Sendo assim, 26,7% dos eleitores entrevistados deixarão de votar no segundo turno.
A abstenção no primeiro turno das Eleições Municipais 2024 em Goiás foi de 23,39%, representando 1.199.021 eleitores. Em Goiânia, 28,23% do eleitorado não participou do pleito, ou seja, apenas 739.406 dos 1.030.274 eleitores aptos compareceram às urnas, resultando em mais de 290 mil abstenções. Esse número supera a quantidade de votos recebidos pelo primeiro colocado, Fred Rodrigues (PL), que teve 214.253 votos. No total, 3.927.414 pessoas exerceram seu direito ao voto em todo o estado.
O vendedor ambulante Francisco Apolinário, de 55 anos, morador do Setor Leste Vila Nova, disse que votou no primeiro turno e garante que votará novamente no dia 27. Apolinário destaca que nunca deixou de exercer o direito de votar. “No colégio onde eu voto estava vazio, até achei que as pessoas não iriam votar. Acho importante porque é nossa oportunidade de escolher um candidato com princípios semelhantes aos nossos, por isso sempre votei”, relata.
Lucas Siqueira, de 26 anos, autônomo e residente no Jardim das Aroeiras, na capital, pontua que desde que tirou o título já participou de três eleições e considera importante esse momento. “Desde que tirei o título, nunca deixei de votar. Votei no primeiro turno, mas, infelizmente, não poderei votar no segundo porque vou aproveitar o feriado do dia 24 para viajar e descansar um pouco”, justifica.
Roberto da Silva Faria, de 56 anos, morador da Vila Alzira em Aparecida de Goiânia, mas eleitor em Goiânia, garante que nunca deixou de votar e exercerá seu direito no segundo turno. “Voto desde 2003 e, mesmo descrente com a política, continuo acreditando que um dia vai dar certo”, comenta. Para ele, votar também permite cobrar do candidato eleito.
Alex Oliveira, de 40 anos e morador do Jardim Novo Mundo, afirma que votou no primeiro turno e voltará no dia 27. “Na verdade, não sei para que serve esse negócio de segundo turno, mas já que existe, vou votar sim”, declara.
José Adriano Oliveira, de 52 anos, residente no Jardim Curitiba 4, conta que sempre votou, mas não por obrigação. “Quando voto, estou exercendo minha cidadania. Nunca deixei de votar e, pode ter certeza, votarei de novo no segundo turno”, afirma.
Maria Cristina Coutinho, de 40 anos, autônoma e moradora de Senador Canedo, mas eleitora em Goiânia, revela que não votou no primeiro turno e ainda está avaliando se votará no dia 27. “Esses políticos não merecem meu voto, pois não cumprem o que prometem. Além disso, tenho que pagar o transporte para votar, então prefiro pagar a multa, que sai mais barato”, argumenta.
Glauciléia Santana de Oliveira, de 46 anos, vendedora e moradora do Centro de Goiânia, diz que não votou no primeiro turno e não votará novamente. “Esses políticos não me representam em nada, então não vale a pena o esforço. Cansei de acreditar em político”, desabafa.
Lucimara Selma, de 57 anos, maranhense e residente na Vila Bandeirante, na capital, trabalha como ambulante. Ela acredita que o voto é importante quando se identifica com as ideias do candidato, e por isso não votará no segundo turno. “Sempre votei em candidatos que pensam como eu, mas, como a minha candidata não passou para o segundo turno, não votarei em ninguém”, afirma.
Carlos Augusto Gonçalves, de 57 anos, morador do Centro de Goiânia, votou no dia 6 e retornará às urnas no dia 27, pois considera o voto importante. “Precisamos escolher um representante, não há outra maneira. Para mim, o voto é muito importante, por isso nunca deixo de votar”, declara.
Thainara Silva de Jesus, de 30 anos, vendedora ambulante e moradora do Jardim Novo Mundo, considera essencial exercer o direito de votar em todas as eleições. “Nunca deixei de votar, e ainda mais agora que o segundo turno está bom demais”, comenta. Segundo ela, o voto é sagrado.
José Divino, autônomo, acredita que muitos eleitores não votarão por estarem sem esperança. Ele atribui a culpa aos políticos, que não cumprem suas promessas após eleitos. “Votei no primeiro turno e vou votar de novo, mas confesso que às vezes penso em não votar mais”, revela.
Vilma Divina da Silva, de 64 anos, autônoma e moradora do Setor Santos Dumont, destaca que todo cidadão deveria votar. “Acredito que devemos analisar as propostas de cada candidato e escolher o que tem as melhores. Com esse pensamento, votei no primeiro turno e votarei no segundo”, afirma.
Sebastião Monteiro de Jesus, pastor de 74 anos, enfatiza que, mesmo sem a obrigação de votar, sempre exerce esse direito com satisfação. “Voto porque, como cidadão, é meu dever escolher. Se não concordamos com o que está aí, a única maneira de mudar é através do voto. Como não há como viver sem política, precisamos votar”, conclui. Sebastião garante que estará em sua zona eleitoral no dia 27.
Dauricí Pinto Pereira, de 56 anos, moradora do Centro, diz que, se ela não votar, alguém será escolhido de qualquer maneira, então prefere participar do processo. “Não deixo de votar, e dia 27 estarei firme e forte”, afirma.
José Antônio Bernardo, de 60 anos, acredita que somente o voto pode mudar as coisas. Para ele, o voto é a representação máxima da democracia. “Eu gosto de votar. O voto é o símbolo máximo de um país democrático, por isso devemos exercê-lo com satisfação”, ressalta.
Leia também:
Eleições 2024: índice de abstenção em Goiânia está acima da média nacional
Vereador eleito pelo PL destaca importância da visita de Bolsonaro e traça plano para os suplentes