Segundo levantamento das candidaturas registradas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) feito pelo Poder360, além do presidente Jair Bolsonaro (PL), outros 36 candidatos que disputarão as eleições deste ano utilizam “Bolsonaro” como nome de urna. Apesar disso, só quatro deles têm de fato uma relação de parentesco com o mandatário: Eduardo Bolsonaro (PL-SP), seu filho; Cristina Bolsonaro (PP-DF), sua ex-mulher; Léo Índio Bolsonaro (PL-DF), primo de seus filhos; e Valéria Bolsonaro (PL-SP), casada com um primo de 2º grau.

De acordo com a pesquisa, “Bebê Bolsonaro” e “Rafa Apoiadores do Bolsonaro” são alguns dos nomes utilizados pelos candidatos neste ano. Entretanto, por não terem a relação de parentesco com o chefe do Executivo, o uso do nome está sob batalha judicial em alguns estados. É o caso do Tribunal Regional do Rio de Janeiro (TRE-RJ), que proibiu o uso do nome do presidente pelo seus aliados Hélio Lopes (PL-RJ) e Max Guilherme (PL-RJ).

Presidente do órgão, o desembargador Elton Leme, afirmou que “as pessoas querem pegar carona no nome alheio”. A decisão se deu por 6 votos contra 1, em sessão realizada na quarta-feira, 31.
Conforme o Poder360, eles haviam registrado suas candidaturas como “Hélio Bolsonaro” e “Max Bolsonaro”, mas, após decisão do Tribunal, os nomes foram alterados na plataforma DivulgaCand, do TSE, para “Hélio Fernando Barbosa Lopes” e “Max Guilherme”, respectivamente. Ambos postulam ao cargo de deputado federal.

Além de Hélio e Max, o candidato Capitão Araújo (PL-BA), que concorre ao cargo de deputado estadual, também teve de mudar o nome de urna. Antes, o registro no TSE constava como “Capitão de Bolsonaro”.

De acordo com o site, alguns dos candidatos vão alterar o nome de urna para os seus nomes próprios, como Armando Lima de Carvalho, Welesson Gonçalves de A. Oliveira e Valter Cantanhede – nome próprio do candidato “Coletivo Maranhão Bolsonaro”. Já a candidata Cleidiane optou por mudar o nome para “Cleidiane Brasil”.