O Alto-Comando do Exército avalia que existe a possibilidade de haver riscos durante as eleições presidenciais de 2022. Segundo a avaliação dos 16 generais que compõem o grupo, a polarização política, principalmente entre apoiadores de Lula e Jair Bolsonaro, pode causar um aumento de casos de violência eleitoral.

Para prevenir que aconteçam episódios violentos, os comandos militares regionais deverão permanecer a postos para qualquer situação nos dias das eleições. Ao contrário de antes, no qual o Exército apenas se mobilizava nos estados que pediam ajuda para o governo federal. Estratégias para o cenário eleitoral também estão sendo discutidas.

Também serão realizados 67 exercícios militares até setembro para a preparação, antes das tropas ficarem à disposição. Normalmente, o Exército apenas auxilia as questões logísticas e as operações de Garantia de Votação e Apuração.

Os generais contaram que o risco de violência não teria relação com o presidente Jair Bolsonaro, apesar do chefe de Estado ter ampliado o acesso às armas e inflamado a descrença no sistema eleitoral. Entretanto, o assassinato de Marcelo de Arruda, tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT), foi um sinal para os militares.

Com a autorização já confirmada, resta apenas o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) informar os locais de atuação para os militares.

* Com informações do jornal Folha de São Paulo