Confira o cenário eleitoral em Goiás na última semana de campanha

27 setembro 2022 às 17h22

COMPARTILHAR
Por Nielton Soares dos Santos e Stéfany Fonseca
Uma pergunta comum que o eleitor faz é: O que esperar na reta final da campanha? Precisamos observar três coeficientes. O primeiro a resposta é óbvia, a eleição presidencial se desenha polarizada entre Lula e Bolsonaro. A segunda é que, a vitória do governador Ronaldo Caiado (União Brasil) é “garantida” no primeiro turno. A terceira é menos barulhenta, mas decisiva para o futuro do país: quem irá comandar o Congresso e a Assembleia a partir de 2023.
Na análise, o cientista político Lehninger Mota acredita que é difícil surgir um fato que altere quem vai ocupar o Palácio das Esmeraldas pelos próximos quatro anos. “Pouco provável que haja algum fato novo que tenha capacidade de mudar o que as pesquisas estão mostrando”, analisa o especialista. “Apenas se fosse um escândalo muito forte nesses últimos dias, mas o que nós estamos notando nesta campanha é que os fatos estão sendo bem mais verificados”, emendou.
Mas é a Assembleia Legislativa? Em Goiás, são 800 candidatos para 41 vagas, desses 30 tentam reeleição. A renovação na Casa pode ser expressiva no pleito deste ano, a exemplo do que já vem ocorrendo nas eleições anteriores. Pelo menos 9 candidatos eleitos em 2018, vão tentar uma vaga na Câmara Federal, o que deve contribuir para, uma renovação de 20% do quadro atual. Apenas Lissauer Vieira (PSD) e Tião Caroço (UB) não concorrem no atual pleito.
A Câmara Federal tem 17 vagas para 391 candidatos em Goiás. Apesar de não faltar postulantes à caça de votos, a luta pelo Legislativo não costuma atrair muita atenção dos eleitores. Na contra mão dos eleitores, os principais partido estão preocupados com as cadeiras no Parlamento.
O motivo são até óbvios, a quantidade de votos desenha o peso político no Congresso, o que já dá para “barganhar”. A fatia que cada legenda terá dos fundos partidário e eleitoral é calculado de acordo com os números de cadeiras de deputado e de votos à Câmara.
A “falta de interesse” faz com que marqueteiros estudem o comportamento do eleitor para delinear a campanha de candidato a deputado federal. A mobilização, em geral, se dá pela internet, com ações nas redes sociais e no WhatsApp.
Independente dos cenários desenhados em Goiás, é importante o eleitor não deixar de exercer seu direito democrático é ir às urnas no dia 2 de outubro, primeiro turno das eleições.