A prefeitura de Senador Canedo recorreu ao Tribunal de Justiça de Goiás e conseguiu uma decisão liminar que proíbe a paralisação total dos servidores da educação, anunciada para a próxima segunda-feira, 23. Mesmo com a decisão liminar, a prefeitura afirmou que continua com o diálogo e negociando com os servidores.

O parecer, do desembargador Vicente Lopes, determina que a Associação Municipal dos Servidores da Educação de Senador Canedo “se abstenha de realizar a paralisação geral da Rede Pública de Ensino, sob pena de pagamento de multa diária de R$ 15.000.00 (quinze mil reais) por dia de descumprimento”.

No documento, o desembargador afirmou ainda que “é de competência do Sindicato dos Servidores Públicos de Senador Canedo (SINDICANEDO) a legitimidade de iniciar qualquer movimento paredista dos servidores do Município de Senador Canedo, sendo portanto a paralisação um ato ilegal”.

Confira a decisão:

Entenda o caso

Os professores e funcionários administrativos da área da educação de Senador Canedo realizaram uma nova paralisação de serviços e um ato de protesto nesta quinta-feira, 19, em frente ao Paço Municipal. Em assembleia realizada na ocasião, ficou definido o indicativo de uma greve geral, que já pode começar na próxima segunda-feira, dia 23.

Segundo os manifestantes, não houveram avanços nas negociações junto ao prefeito do município e ao secretário de educação. Uma professora disse ao Jornal Opção, que 47 das 52 escolas do município já anunciaram que vão aderir à greve geral.

O secretário de Educação, Victor Pellozo, ressaltou que mantém contato com os professores para que se chegue a um denominador comum. Ele ratifica que o município tem cumprido o piso salarial dos professores. “Os pontos reivindicados são o enquadramento dos servidores administrativos no quadro da Educação e o ajuste da carga horária e isso está sendo negociado”, explica a prefeitura.

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