A diretora do Colégio Estadual Almirante Tamandaré, em Valparaíso de Goiás, foi afastada das funções nesta terça-feira, 28. Ela é acusada de ter cometido racismo e homofobia contra cinco funcionários da instituição. As vítimas afirmam que a diretora chegou a se referir a eles como “negra imunda” e “veado nojento”.

Por meio de nota, a Secretaria de Estado da Educação de Goiás (Seduc) informou que um processo disciplinar foi aberto para investigar o caso. Para o lugar da diretora, foi nomeado um substituto imediato.

O advogado das vítimas, Suenilson Saulnier, afirmou que até o momento quatro pessoas apresentaram denúncias. Entre os quais: dois funcionários responsáveis pela limpeza, um professor e uma ex-coordenadora que foi transferida para outra escola. Além deles, há uma quinta vítima.

Uma das funcionárias relatou que a diretora a acusou de roubar produtos da escola. Outra alegou que foi humilhada pela gestora ao ser obrigada a pegar uma banana. De acordo com Suenilson Saulnier, as ofensas ocorreram ao longo dos últimos quatro anos. Um coordenador escolar também foi citado como autor de difamações contra os funcionários.

Nota da Seduc na íntegra

Acerca de denúncia contra a gestora do Colégio Estadual Almirante Tamandaré, de Valparaíso de Goiás, a Secretaria de Estado da Educação de Goiás esclarece:

A gestora do Colégio Estadual Almirante Tamandaré, servidora efetiva, foi afastada nesta segunda-feira (27/03) preventivamente do exercício de suas funções de gestora escolar, ficando sem auferir as vantagens pecuniárias exclusivas de gestor escolar.

Foi instaurado processo disciplinar para apuração dos fatos e responsabilização conforme a legislação e adotadas medidas para designar um substituto imediato para o cargo.

Secretaria de Estado da Educação – Governo de Goiás