Vinho de açaí pode ser a bebida oficial da COP30 em Belém

Desde que se afastou da arena política, o ex-senador e ex-governador do Amapá, João Capiberibe, concentrou-se na pesquisa e na produção de vinhos à base de açaí. A produção teve início em uma propriedade rural que ele compartilha com sua esposa, Janete, ex-deputada, localizada em uma área preservada. Atualmente, a produção atinge 2,5 mil garrafas mensais do “Wine-Flor da Samaúma“.

A bebida passou por uma avaliação minuciosa da Embrapa, em um relatório de 39 páginas, que a comparou ao vinho da uva Touriga. Outros apreciadores a associaram ao Tempranillo espanhol ou ao Tanat uruguaio.

Durante uma visita ao Amapá, o embaixador da Áustria no Brasil, Stefan Scholz, teve a oportunidade de degustar o vinho de açaí, que ostenta a autenticidade da Amazônia. Ele ficou tão impressionado que sugeriu ao Itamaraty a inclusão da bebida nos jantares oficiais oferecidos pelo governo a autoridades estrangeiras. Além disso, o embaixador propôs a presença desse produto no cardápio da COP30, que ocorrerá em Belém.

Capiberibe, popularmente conhecido como “Capi”, está entusiasmado com o projeto. “Aqui no Amapá, os vinhos demoram a chegar. Por isso, comecei a experimentar a fermentação de açaí. Precisamos trabalhar em prol da bioeconomia, e descobri que produzir vinho é mais gratificante do que envolver-se na política”, compartilhou.

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