Os dois países diretamente envolvidos no conflito na Europa influenciam grandemente no preço do trigo, pois são grandes exportadores: a Rússia é a principal fornecedora do alimento e a Ucrânia é a 5º. O Brasil é mais sensível às oscilações do mercado, pois depende de outros países para abastecer seu mercado interno.

Após atingirem o seu menor valor em maio de 2023, as cotações do trigo voltaram a subir nesta semana, depois que a Rússia suspendeu um acordo que permitia à Ucrânia exportar grãos pelo Mar Negro. Além disso, o país voltou a atacar portos ucranianos, destruindo armazéns com toneladas de alimentos.

O recente capítulo do conflito pode gerar dúvidas sobre o impacto nos produtos alimentícios do Brasil, como o tradicional pãozinho. Será que vai ficar tudo caro de novo? Segundo o portal G1, que consultou especialistas o impacto desta vez deve ser menor.

Isso se deve a alguns fatores. Por exemplo, ainda que as cotações do trigo do mercado mundial tenham aumentado, os preços ainda estão bem menores que no ano passado. Outras razões: há trigo suficiente sendo produzido no planeta, portanto não há risco de desabastecimento; a Ucrânia já perdeu bastante participação no mercado desde o início da guerra e a tendência, até o momento, é de que a Rússia continue exportando normalmente; haverá mais produção de trigo da Argentina, de onde vêm 85% das importações brasileiras; por fim, a produção brasileira de trigo está crescendo e batendo recordes, o que minimiza um pouco o impacto nos preços.