O ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços e vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, criticou a taxa de juros mantida pelo Banco Central, mas afirmou que o novo arcabouço fiscal, plano elaborado pelo governo federal para substituir o teto de gastos, deverá abrir caminho para a redução desse número.

“Não há nada que justifique ter 8% de juros real acima da inflação quando não há demanda explodindo e quando o mundo inteiro tem praticamente juros negativos”, disse o vice-presidente, afirmando que este seria um “problemão” no Brasil.

Alckmin acredita que o governo encaminhará a proposta de nova âncora fiscal “nos próximos dias”, e defendeu que a medida desenhada é “inteligente e bem feita”. Ele afirmou que o país pode, “com a nova ancoragem fiscal, superar essa dificuldade”, referindo-se aos juros.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reúne nesta semana e Alckmin agora se une aos esforços do governo Lula (PT) contra a manutenção da taxa de juros em 13,75%.