Goiânia é segunda capital com maior alta no preço do aluguel em 2023

18 outubro 2023 às 08h56

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A combinação de taxas de juros elevadas, dificuldades na obtenção de financiamento imobiliário e o desejo de possuir uma residência própria, juntamente com a demanda aquecida e os ajustes após a pandemia, têm mantido os preços dos aluguéis em elevação nas principais cidades do país. Em Goiânia, o crescimento acumulado atingiu 25,77% até setembro deste ano, a segunda maior alta, ficando atrás apenas de Florianópolis.
De acordo com um estudo da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FipeZap) baseado em anúncios de 25 cidades, ao longo do ano, os aluguéis já aumentaram 13,26%, e nos últimos 12 meses, o aumento foi de 16,16%, muito acima da taxa de inflação que gira em torno de 5%. O coordenador do Índice FipeZap, Alison Pablo de Oliveira, observa um aumento na demanda por imóveis residenciais para locação.
O mercado aquecido tem levado as agências imobiliárias a reduzirem o tempo médio para a assinatura de contratos de locação. Anteriormente, esse processo costumava levar até 30 dias, desde o anúncio até o fechamento do contrato. Atualmente, a média é de 15 dias, e, em alguns casos, os imóveis são oferecidos diretamente a clientes cadastrados nas imobiliárias, sem necessidade de anúncios públicos.
Apesar dos preços dos novos contratos estarem em alta, os locatários não têm enfrentado reajustes significativos recentemente. O IGP-M, o principal índice de correção dos contratos de aluguel, registra uma queda de 4,93% no ano e de 5,97% nos últimos 12 meses.
Essa tendência foi capturada pelo Índice de Variação de Aluguéis Residenciais (IVAR) da FGV, que apresentou uma queda de 1,74% em setembro. Diferentemente do FipeZap, que acompanha os preços dos anúncios de imóveis, o IVAR monitora as variações de preços de imóveis que já estão alugados.
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