Economista explica se a falência de bancos americanos pode afetar o Brasil
17 março 2023 às 17h04
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A falência de dois bancos americanos pode impactar a economia brasileira? As quebras do Silicon Valley Bank (SVB), da Califórnia, e o Signature Bank, de Nova Iorque tem deixado investidores em estado de apreensão. Isso porque a turbulência no sistema financeiro americano já gerou uma crise mundial no passado.
Mas para o economista e professor, Luiz Carlos Ongaratto, não há motivos para a população brasileira entrar em pânico. Segundo o especialista, a quebra dos dois bancos americanos foi algo pontual e ocasionado apenas pela má administração dos próprios bancos.
“Ambos os bancos tiveram um problema de liquidez, ou seja, eles não tinham dinheiro para bancar os resgates financeiros de todos os clientes. Por serem bancos que financiavam muitas startups, com capital de risco mais elevado, eles corriam esse risco. Foram dois casos pontuais, não e não é algo estrutural do sistema bancário americano”, explica o professor.
Crise mundial
Para o economista, diferente de 2008 quando a falência do Lehman Brothers, também dos Estados Unidos, causou um crise financeira mundial, dessa vez, os brasileiros podem ficar tranquilos.
“Este cenário é totalmente diferente da crise de 2008, que desencadeou na época uma crise de confiança no mercado financeira mundial. Desta vez mercado não deu nenhum sinal de ser uma crise sistêmica. Acredito que nenhum impacto deste episódio deva repercutir na nossa economia”, afirma Ongaratto.
O especialista explicou ainda que o sistema bancário brasileiro é solido e que no Brasil, o Banco Central assegura o investimentos como a caderneta de poupança, em caso de falência de bancos.
“A população em geral pode ficar tranquila, principalmente porque quando falamos de dinheiro aplicado, pois existe um fundo garantidor. Todas as pessoas que investem em produtos que estão cobertas por este mecanismo do Banco Central, mesmo em uma crise bancária, o investidor tem seu valor ressarcido integralmente em caso de quebra do banco”.