A agência de classificação de risco Fitch anunciou nesta quarta-feira, 26, que elevou a nota de crédito do Brasil, o “rating soberano”, de “BB-” para “BB”, e também mudou a perspectiva do país para estável. Essa decisão é de grande importância para o mercado financeiro, pois indica que a Fitch considera que o Brasil tem uma maior capacidade de cumprir com seus compromissos financeiros.

Em seu comunicado, a agência destacou que a elevação dos ratings do Brasil reflete o desempenho macroeconômico e fiscal acima do esperado, mesmo em meio a choques sucessivos nos últimos anos. A Fitch também elogiou as políticas proativas e reformas implementadas pelo país, e expressou expectativas positivas de que o novo governo continuará trabalhando para melhorias adicionais.

Apesar do ambiente político conturbado desde o rebaixamento da nota de crédito em 2018, a Fitch observou que o Brasil avançou em importantes reformas na agenda econômica. A agência acredita que o pragmatismo e os freios e contrapesos institucionais mais amplos ajudarão a evitar desvios radicais nas políticas macro e micropolíticas, enquanto o governo também busca apoiar o setor privado por meio de iniciativas como a reforma tributária.

O governo federal comemorou a elevação da nota de crédito e reiterou seu compromisso com a agenda de reformas em curso. O Ministério da Fazenda enfatizou que essas reformas contribuirão para um melhor balanço fiscal do governo, redução das taxas de juros e melhoria das condições de crédito, além de garantir a estabilidade dos preços. Isso, por sua vez, criará as condições necessárias para ampliar os investimentos públicos e privados, gerar empregos, aumentar a renda e promover maior eficiência econômica, fatores essenciais para o desenvolvimento econômico e social do país.

A Fitch ressaltou que a melhora no rating considerou não apenas as ações já ocorridas, mas também a expectativa em relação à capacidade e vontade do país em seguir com a agenda de reformas econômicas. A nota do Ministério da Fazenda também destacou a importância da reforma tributária em tramitação no Congresso Nacional, que visa simplificar o sistema complexo de impostos sobre consumo e eliminar distorções que afetam a competitividade e a alocação de capital no Brasil.

Por fim, foi explicado que as agências de classificação de risco são empresas privadas responsáveis por avaliar a saúde financeira de países e empresas. Elas utilizam critérios como juros, dívida, capacidade fiscal e outros para conceder uma nota de crédito (rating).