O Ponto de Cultura Bacae inicia neste sábado, 23, duas residências artísticas gratuitas em sua sede, na Av. Cora Coralina, 140, Setor Sul. As iniciativas integram o projeto “Ponto de Cultura Bacae”, financiado pela Lei Paulo Gustavo, do Governo Federal, e operacionalizado pela Secretaria de Estado da Cultura de Goiás. A residência de dança “Qual o tamanho da sua pressa?”, ministrada por Ingrid Costa, e a imersão “Jogo Inara”, focada na criação de um game eletrônico com temática indígena, ocorrerão por quatro sábados consecutivos, até 14 de dezembro. As vagas são limitadas, com dez por atividade, incluindo opções para pessoas com deficiência.

“Qual o tamanho da sua pressa?” propõe reflexões sobre a obsessão pela pressa no cotidiano contemporâneo. Ingrid Costa, coordenadora do projeto, conduzirá experiências criativas inspiradas no espetáculo PRESSA, do Grupo Bacae, que pesquisa o movimento “DEVAGAR”, como descrito por Carl Honoré. “Nosso papel é conscientizar sobre o bem viver”, comenta Ingrid, destacando a importância de buscar equilíbrio em um mundo acelerado. As aulas, destinadas a maiores de 18 anos, acontecerão das 14h às 18h.

A residência “Jogo Inara” tem como foco o desenvolvimento de um jogo eletrônico inovador que explora a cultura indígena brasileira. Liderado por Marck Al, Adriano de Regino, Michelle Santos e Arlam Júnior, o projeto pretende unir tecnologia e cultura para criar narrativas e elementos folclóricos únicos. As atividades ocorrem das 9h às 13h, também para maiores de 18 anos. Segundo os organizadores, a produção de games exige equipes multidisciplinares com habilidades em design, narrativa e tecnologia, promovendo alto impacto cultural e inovação.

Ingrid Costa, fundadora do Instituto Bacae, destaca o papel transformador do projeto: “É importante ressaltar que o Instituto Bacae foi fundado em um cenário de conscientização do bem viver”. Após a perda de Cláudio Marinho Júnior, cofundador do estúdio de design Bacae, em 2014, a instituição foi transformada em um espaço cultural para dar continuidade ao legado artístico de Cláudio e oferecer alternativas para uma sociedade mais humanizada.

Além das residências, o Ponto de Cultura Bacae promove atividades voltadas à inclusão, reflexão social e interação comunitária. “Ao abordarmos temas que abrangem sociedade, saúde, direitos humanos, inclusão e acessibilidade, fazemos um convite à conscientização de problemas globais, motivando alternativas de contribuição para o mundo”, afirma Ingrid. As ações da instituição visam conectar pessoas por meio de iniciativas criativas que integram arte e pensamento crítico.

As inscrições para todas as atividades são gratuitas e podem ser feitas pelo site https://linktr.ee/bacae, sendo algumas vagas reservadas para pessoas com deficiência. As ações buscam não apenas enriquecer a cena cultural local, mas também fortalecer a formação de novos artistas e criar um ambiente de troca e aprendizado.