Microchips em pets: animais podem receber tecnologia em Goiás

08 setembro 2023 às 12h54

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A aplicação de microchips em pets, que são dispositivos do tamanho de um grão de arroz que armazenam as informações do animal e do tutor, vem ganhando força em vários estados. Em Goiás, a Assembleia Legislativa (Alego) aprovou, na última terça-feira, 5, uma medida que regulamenta a “Posse Responsável” de cães e gatos no âmbito do estado.
Caso sancionada pelo governador Ronaldo Caiado, os tutores serão obrigados a registrar os animais de estimação na Coordenação Estadual de Zoonoses ou em estabelecimentos veterinários credenciados pelo mesmo órgão. No projeto, porém, há um artigo que sugere a troca da plaquinha de identificação pelo chip.
Na prática, a tecnologia permite que, caso o animal se perca, o responsável seja localizado por meio da leitura dos dados. A presidente da Comissão de Direito dos Animais da Ordem dos Advogados do Brasil de Goiás (OAB), Pauliane Rodrigues, afirma que o chip também irá ajudar a punir os tutores que, por algum motivo, abandonaram os animais.
“Os chips são implantados na pele. Eles são mais benéficos do que as plaquinhas de identificação porque a plaquinha pode ser retirada pelo tutor na hora de abandonar o animal. Agora, caso o animal seja microchipado, há como saber quem é o tutor e a pessoa pode responder por maus-tratos. É muito benéfico para o animal em todos os sentidos”, afirmou.
Principal problema
Paulina afirma que o abandono de pets é um dos principais fatores da superpopulação de animais de rua que, conforme ela, já é considerado um problema de saúde público. Acontece que os animais contraem doenças nas ruas e, consequentemente, transmitem para os humanos.
Pauliane afirma que o índice de abandono despencaria com o uso dos chips nos pets, visto que facilitaria a punição do tutor e a identificação de animais perdidos. O abandono de animais é crime, sendo que a pena pode chegar a cinco anos de prisão.
“Essa lei precisa ser sancionada, tem que começar essa implantação mesmo que seja com poucos recursos. Esses animais [de rua] estão vivendo uma vida indigna. Não adianta também só cadastrar e ter esse controle de animais. Se não começar a castrar, não tem solução”, concluiu.
Atualmente, além de Goiânia, pelo menos outros dois municípios: Aparecida de Goiânia e Anápolis, realizam serviços de castração gratuitos por meio do chamado Castramóvel. Os serviços são ofertados em determinadas datas e locais por meio de divulgação das próprias prefeituras.