Antes do conclave que escolheria o cardeal Jorge Mario Bergoglio, em 2013, como Papa Francisco, o cardeal arcebispo de São Paulo, dom Odílio Scherer, concedeu uma entrevista, pois seu nome estava na lista dos “papáveis”. Ele disse: “Ninguém pode levantar o dedo e dizer ‘eu quero e estou pronto para ser papa'”.

O escolhido pelo conclave tem um desafio, que é liderar os católicos do mundo todo, guardar a Santa Tradição, guiar a barca de Pedro. Agora imagine o desafio de se tornar um Sumo Pontífice em meio a um concílio, ainda mais o Vaticano II. Este foi o desafio de Giovani Montini que, a partir de 21 de junho de 1963, se tornou Paulo VI.

Em sua primeira mensagem como papa, Paulo VI disse: “A herança que recebemos das mãos dos nossos antecessores mostra-nos plenamente a seriedade da nossa tarefa. Qui respicientes al exiguitatis nostrae tenuitatem — nas palavras do nosso grande predecessor São Leão — et ad suscepti numeris magnitudeinem, etiam Nos illud profheticum debemus proclamam : “Senhor, ouço a tua palavra e tremo; Eu considero sua ação e tenho medo … Mas a partir do momento em que temos a intercessão do sacerdote onipotente e eterno que, semelhante a nós e igual ao Pai, baixou a divindade a nós e elevou a humanidade a Deus, nos alegramos na medida digna e piedosa do que Ele quis decidir.”

E Paulo VI conseguiu concluir o Vaticano II. Suas encíclicas defenderam a vida humana, o progresso com solidariedade. Ele foi o primeiro Sumo Pontífice a visitar a Terra Santa. Paulo VI foi canonizado pelo papa Francisco em 2018. Ser papa não é fácil, mas, com a força do Espírito Santo, ele cumpre sua missão.