Oscar Niemeyer: o arquiteto da Pampulha e de Brasília
Carlos César Higa
15 dezembro 2023 às 19h15
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Juscelino Kubitschek (1902-1976) assumiu a Prefeitura de Belo Horizonte em 1940 e tinha muita pressa. Ele queria fazer uma administração moderna. Um dos seus desafios para a capital mineira era o Complexo da Pampulha. Para tal, Juscelino chamou um jovem arquiteto do Rio de Janeiro chamado Oscar Niemeyer. Alinhado com a arquitetura moderna de Le Corbusier e Lucio Costa, Niemeyer foi a Belo Horizonte apresentar seu projeto para o gestor municipal.
O prefeito queria as coisas para ontem. O projeto de Niemeyer previa a Igreja de São Francisco de Assis, o cassino e o iate clube. As curvas dos desenhos do jovem arquiteto ganhavam forma. Era a primeira parceria de Juscelino Kubitschek e Oscar Niemeyer.
Nascido no Rio de Janeiro em 15 de dezembro de 1907, Niemeyer estudou Arquitetura na Escola de Belas Artes nos tempos que a instituição era dirigida por Lucio Costa. A modernidade adentrava no Brasil e os projetos arquitetônicos seguiam os novos modelos europeus. Niemeyer participou do projeto do prédio do Ministério da Educação, no Centro do Rio de Janeiro, mas foi na década de 1940 que seu nome se tornou nacionalmente conhecido quando fez o projeto da Pampulha, em Belo Horizonte. Até hoje o Complexo encanta.
Em 1956, o telefone de Niemeyer tocou. Dessa vez não era o prefeito Juscelino, e sim presidente Kubitschek — que o convocava para fazer o projeto da nova capital federal. Lucio Costa fez o Plano Piloto e Oscar Niemeyer, os palácios. As curvas do Planalto, do Alvorada, da Catedral eternizaram os traços de Niemeyer em Brasília. O mundo via a arrojada arquitetura brasileira e seu arquiteto fez projetos para a ONU e outras instituições mundo afora.
Em Goiânia temos o Centro Cultural Oscar Niemeyer, um registro do arquiteto mundialmente famoso. Niemeyer viveu muito e morreu com 105 anos de idade. A última parceria de Juscelino e Oscar foi na década de 1970, quando o arquiteto projetou a casa-sede da fazenda onde o ex-presidente viveu até sua morte, em 1976. Fica em Luziânia, Goiás.
