O dia em que eliminamos os EUA na casa deles — e no Dia da Independência

04 julho 2025 às 11h14

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A seleção brasileira desembarcou nos Estados Unidos desacreditada. Nando Reis e Marcelo Fromer escreviam uma coluna na Folha de São Paulo sobre a Copa do Mundo e faziam uma contagem regressiva para a eliminação do time do Parreira. Ao começar o Mundial, as vitórias apareceram, apesar do empate contra a Suécia dar uma brecada na empolgação da torcida.
Classificada para as oitavas de final, a seleção pegou os Estados Unidos, donos da casa, no dia 4 de julho de 1994. Não era uma data qualquer no calendário do Tio Sam. Era o dia da independência deles, um momento de festa e bandeiras norte americanas por todos os lados. O jogo foi em São Francisco, no Estádio Stanford. Fazia um calor imenso e a torcida norte americana lotou o estádio. Era um jogo decisivo para a seleção. Era a hora de superar o trauma da Copa de 1990, quando perdemos para a Argentina. Será que superariamos os donos da casa no dia da independência deles?
O jogo foi duro. Há quem diga que foi o mais difícil daquela Copa. Romário pegou a bola, partiu em direção à área dos Estados Unidos, tocou para Bebeto que chutou no canto estufando a rede. ” Eu te amo, Baixinho” disse ele após o gol. Bebeto falou o que todo torcedor brasileiro queria dizer para o Baixinho. Romário era o gênio da pequena área e servir os colegas também.
Apitou o árbitro! Brasil classificado para as quartas de final. Exorcizamos as oitavas de 1990, superamos mais um trauma. No dia da independência dos Estados Unidos, a nossa seleção dava um decisivo passo rumo ao título. Com Bebeto e Romário na área a desacreditada seleção ganhou apoio, aumentou a torcida.
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