O muro de Berlim dividiu o mundo e se tornou símbolo da Guerra Fria
13 agosto 2024 às 12h25
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Quando penso em Berlim, a primeira coisa que me vem a cabeça é o Portão de Brandemburgo. Eu ainda hei de conhecê-lo e atravessa-lo. Um belíssimo portão neoclássico que já testemunhou tanta história. Uma delas foi em 13 de agosto de 1961, quando o lado comunista da cidade iniciou a construção de um bloco de concreto que, aos poucos, se transformou em um muro que marcaria os 28 anos seguintes. O Muro de Berlim virou símbolo da Guerra Fria, dividiu território, famílias, amores. Os soviéticos mandaram colocar tudo quanto era tipo de vigilância e armas para evitar qualquer travessia. Milhares de alemães não poderiam atravessar o Portão de Brandemburgo. Os que tentaram, poucos sobreviveram.
Se o Portão estava fechado por um muro de concreto, os ouvidos estavam muito bem abertos e as vozes de dois presidentes norte-americanas ecoaram por Berlim. John Kennedy disse “eu sou berlinense” em alemão. Ronald Reagan ordenou “Mr. Gorbatchev, derrube este muro”. O Muro se transformou em um símbolo de um mundo bipolar. De um lado, o capitalismo, de outro lado o comunismo. A Alemanha fragmentada, Berlim também. Dividiram a terra e as pessoas.
Quando o muro estava prestes a cair, o repórter Silo Bocanera, da Rede Globo, testemunhou de cima daquele bloco de concreto a alegria dos alemães ao derrubar aquele marco da vergonha. A serenidade do repórter contrastava com a empolgação dos alemães ao ter a esperança de viver em um país unificado e em uma única cidade. O Muro de Berlim foi demolido, mas seus vestígios ainda existem nas ruas e em alguns blocos de concretos que permanecem de pé para que, berlinense ou turista, se lembrem do que aconteceu em 13 de agosto de 1961 e o dia que Silo Bocanera narrou para o Brasil o fim daquela muro tão infeliz, bem em frente ao Portão de Brandemburgo.
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