O menino que tinha o nome de taça
18 julho 2024 às 09h02
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Um pai que é apaixonado por futebol deseja muito batizar seu filho com o nome do seu ídolos. Quantos Edsons nasceram para homenagear Pelé? Quantos Romarios vieram ao mundo depois que o Baixinho nos trouxe o tetracampeonato? Quantos Rivelinos e Ronaldos! Tudo por amor ao futebol. Mas não foi apenas os craques da bola que batizaram os recém nascidos. A Taça mais cobiçada pelos países que participaram de uma Copa do Mundo também.
Quando a seleção brasileira conquistou seu primeiro título mundial na Suécia, em 29 de junho de 1958, um bebê nasceu em Nova Veneza, interior de Goiás. O pai Savedra Feliciano não pensou duas vezes em batizar seu filho com o nome da taça erguida pelo capital Beline. Julies Rimet foi registrado e sua mãe Dona Rute teve que se conformar com a decisão do pai. Vejam o tanto que a primeira conquista da nossa seleção marcou a vida dos brasileiros.
Em agosto de 1970, o menino Julies Rimet veio a Goiânia para participar dos festejos da visita da Taça conquistada pela nossa seleção no México. Como o nosso selecionado foi o primeiro a conquistar três vezes o título mundial, trouxemos para casa a Julies Rimet original. Os meses seguintes ao tricampeonato foram de festas e visitas da taça por todo país. Em agosto daquele ano, a taça veio para Goiânia e o menino Julies Rimet saiu de Nova Veneza para ver a taça original e motivo do seu nome. Ele era o convidado especial dos organizadores do evento.
Julies Rimet teve a honra de segurar aquela taça tão cobiçada. Com 12 anos de idade, ele viu a força daquele pequeno objeto de ouro em suas mãos e entendeu o motivo que levou seu pai a batiza-lo com o nome de taça.
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