Quando a professora-historiadora Lena Castello Branco comentava nas minhas postagens de História, no Facebook, eu ficava muito honrado. Ou ela complementava o que eu escrevia, ou falava que testemunhou o fato histórico que eu escrevia no post. No post que eu escrevi recordando a atuação de Ester Ferraz, a mestre Lena respondeu recordando que foi sua colega no Conselho Federal de Educação.

No ano passado, tive o privilégio de conhecê-la pessoalmente, no evento comemorativo dos 90 anos do Instituto Histórico e Geográfico de Goiás. Dei de presente o meu livro sobre Carlos Lacerda. Professora Lena recordou sua vivência no IHGG. Era uma memória viva, uma pesquisadora precisa, uma pesquisadora atenta e dedicada.

Na semana passada, lembrei da professora Lena. Estou pesquisando sobre a imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima que visitou Goiânia em 1956 e encontrei um texto seu falando a respeito. Por onde você pesquisar sobre Goiânia e/ou sobre Goiás, vais encontrar alguma contribuição dela.

A vitalidade física e intelectual de Lena Castello Branco sempre me fascinou. Era tinha uma energia — uma capacidade de ser contemporânea, de estar atenta aos fatos — que deixava qualquer um de boca aberta.

Hoje recebemos a triste notícia de sua morte. Um dia antes do aniversário de Goiânia. Aliás, a professora Lena era dois anos mais velha que a nossa capital e se quisermos conhecer a história de Goiânia, teremos que atravessar o legado tão bem construído pela professora Lena Castello Branco — uma doutora em História pela Universidade de São Paulo. Ela também era escritora, autora de saborosas crônicas que publicava nos jornais de Goiânia.

O melhor estudo histórico sobre a família Caiado é da lavra de Lena Castello Branco.