“Eu quero apenas fazer o desejo de Deus. E ele permitiu-me ir no topo da montanha. E eu olhei ao redor. E avistei a terra prometida. Talvez eu não fique com você lá. Mas eu quero que você saiba esta noite, que nós, como povo, chegaremos à terra prometida. Então estou feliz esta noite. Não estou preocupado por nenhuma coisa. Não temo nenhum homem. Meus olhos viram a glória da vinda do Senhor.”

Martin Luther King fez esse discurso em Memphis, em uma igreja. Era 4 de abril de 1968 e seu nome já estava escrito na História. Em 1963, ele fez um discurso “I have a dream”, perto da estátua de Abraham Lincoln, em Washington. No ano seguinte, ele se tornou o mais jovem a ganhar o Prêmio Nobel da Paz. King era uma das maiores referências no combate ao racismo e pela defesa dos direitos civis. Sua influência ultrapassou os Estados Unidos e atingiu o mundo todo. Aqui no Brasil, Wilson Simonal fez uma belíssima música “Tributo a Martin Luther King”.

Martin Luther King morto | Foto: Reprodução

Mas, apesar de toda luta contra o racismo e a defesa dos direitos humanos, apesar das conquistas já alcançadas e das muitas a serem lutadas, extremistas queriam calar a voz de Martin Luther King. Não com censura, não com prisão, mas lhe tirando a vida. Ameaças de morte eram frequentes e em Memphis não foi diferente. No dia 4 de abril de 1968, King não tinha medo delas. Ele cumpriu seu compromisso e foi para o Lorraine Motel. Ali ele levou um tiro que encerrou sua vida e sua luta.

A morte de Martin Luther King deixou os Estados Unidos e o mundo de luto. Robert Kennedy, candidato presidencial pelos Democratas e irmão do ex-presidente John Kennedy, compareceu ao funeral. Ele também seria assassinado dias depois. Ao mesmo tempo que conquistas sociais eram obtidas, extremistas não admitiam e queriam o retrocesso.

Atualmente, o dia 17 de janeiro é feriado nos Estados Unidos em memória a Martin Luther King.