Juscelino Kubitschek governou o Brasil de 1956 até 1960 com muito otimismo e bastante música. Ele adorava ouvir o violão de Dilermano Reis tocando “Peixe Vivo”. Quando estava no Planalto Central para acompanhar as obras de Brasília, Juscelino fazia questão de ter a presença de seus amigos músicos. Ah, eu fico imaginando o Catetinho à noite, o silêncio do cerrado sendo quebrado pelos acordes de algum violão e das vozes que entoando belas cantigas. Era um Brasil democrático, artístico, que, em pouco tempo, teria uma nova capital, que andava de fusca e tinha geladeira, fogão e televisão em casa. Cinquenta anos em cinco que poderiam parar o tempo para esse momento nunca acabar.

Em 1958, surgia no Rio de Janeiro, na sua ensolarada Copacabana, uma batida diferente. Era a Bossa Nova cantada baixinho na casa de Nara Leão e que ecoava no mundo todo. O Brasil não exportava apenas matéria prima para atender as demandas do mercado externo. Lá fora, o nosso produto musical valia ouro. Tom Jobim, Vinicius de Moraes, João Gilberto, João Donato, entre tantos outros foram reverenciados nos palcos do mundo todo. Além da bossa, a taça! O Brasil se tornava campeão mundial de futebol jogando bonito. Pelé e Garrincha nos trouxeram o caneco.

A foto deste post mostra Juscelino Kubitschek sendo ladeado pela nova geração da música mineira, Milton Nascimento, Lô Borges, Fernando Brant e Márcio Borges. A juventude reverenciando o grande líder que Minas Gerais deu para o Brasil. Não duvido que Juscelino tenha pedido para os meninos cantarem “Peixe Vivo”. Essa foto eu achei na página do Memorial JK, no Face, e não tem data. Tempo bom de bons políticos e de boa música.