A Aliança Liberal mexeu com a política brasileira em 1930. Getúlio Vargas e João Pessoa eram os candidatos da oposição para as eleições presidenciais de 1930. Como o voto era aberto e as fraudes eleitorais aconteciam com bastante frequência, os dois perderam a eleição para o paulista Júlio Prestes, indicado pelo Presidente Washington Luís. Essa indicação deu o maior borogodó que fez Minas Gerais e São Paulo romperem a política do café com leite.

A eleição foi em março e a posse seria em novembro. Muita água passaria debaixo da ponte. E a água ficou suja de sangue em 26 se julho de 1930. João Pessoa, candidato à vice na chapa de Getúlio Vargas, foi assassinado em frente à Confeitaria Glória, no centro do Recife. O mandante do crime foi João Duarte Dantas, seu adversário político. Sua casa teria sido invadida pela polícia a mando de Pessoa que resultou na publicação nos jornais da Paraíba de cartas íntimas trocadas entre Dantas e sua amante Anaíde Beiriz.

A rixa entre João Pessoa e João Dantas virou comoção nacional. A morte do ex-governador paraibano e candidato a vice-presidente reavivou os ânimos dos partidários da Aliança Liberal. De um crime passional, a morte de Pessoa virou um ato de repressão do governo federal. A República Velha estava com os dias contados.