Eu admiro muito as pessoas que são muitas ao longo da vida que atuam com destaque em muitas áreas.

Jose Maria da Silva Paranhos Júnior é uma delas. Ele foi advogado, jornalista, geógrafo, historiador e diplomata. Até cédula ele já foi. Seu rosto estampou a cédula de 1 mil cruzeiros.

Mas o que fez José Maria da Silva Paranhos Junior ser reconhecido aqui e lá fora foi a sua atuação como diplomata? Ele se destacou nesta área quando o Brasil era Monarquia e também quando virou República.

O Barão de Rio Branco conseguiu impor seu título de nobreza num governo republicano. Ele nasceu em 20 de abril de 1845 e, em sua homenagem, seu aniversário natalício virou o Dia do Diplomata.

Quando olhamos o mapa do Brasil, vemos a grandeza do nosso território e também suas fronteiras terrestres. Do Amapá até o Sul do Brasil, as linhas divisórias do mapa foram traçadas pelo Barão de Rio Branco.

Em disputas resolvidas em cortes europeias, o Barão do Rio Branco conseguiu defender a causa brasileira.

Eu me lembro de ler um livro que a Editora Três lançou já faz algum tempo traçando um perfil biográfico do barão. A cada retorno da Europa após ganhar a disputa territorial para o Brasil, Paranhos era esperado no porto do Rio de Janeiro com festa. O povo reconhecia o seu esforço em defender as fronteiras brasileiras.

O carnaval de 1912 foi adiado porque o Barão de Rio Branco morreu 11 de fevereiro daquele ano, no meio dos festejos. Para se adiar uma festa popular é porque a pessoa que morreu era muito importante e contribuiu para o país sendo reconhecido pelo povo. Até chegar o coronavírus, só o Barão de Rio Branco.

Consta que o livro sobre o grande personagem da história brasileira é “Juca Paranhos — O Barão do Rio Branco” (Companhia das Letras, 554 páginas), do diplomata e historiador Luis Claudio Villafane Gomes Santos. O livro é comentando, abaixo, pelo grande pesquisador Alberto da Costa e Silva.

Leia o que Alberto da Costa e Silva diz do Barão do Rio Branco

“O Barão do Rio Branco de nossa admiração não esconde o amante egoísta, o vaidoso que alimentava a claque de seu teatro pessoal, o centralizador que desmerecia a ajuda dos colaboradores, o sedento de glória, o glutão e o esbanjador para quem todo dinheiro era pouco.

Reexaminando o muito que se escreveu sobre o barão, assim como a sua correspondência ativa e passiva, e lendo, dia a dia, linha a linha, o que, na época, estampavam os jornais, Luís Cláudio Villafañe G. Santos trouxe para a nossa companhia um Rio Branco confiante no forte saber que lhe moldava os argumentos e as ações.

“E tão bem contada é a sua vida e tão nítidos os retratos, que ele sai deste livro, nos toma pelo braço e nos convida para jantar no Hotel dos Estrangeiros.”