O jornal “Diário de Notícias” publicava em sua primeira página: “Estamos resolvidos a destruir Hitler e todo vestígio do regime nazista. Jamais parlamentaremos, jamais negociaremos com Hitler, nem com qualquer de sua camarilha”. Era uma fala forte e importante do primeiro-ministro britânico Winston Churchill.

O mundo vivia a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) e o avanço das tropas nazistas continuavam a todo vapor. Hitler já havia conquistado muito território e ele não demonstrava nenhum receio em continuar avançando os limites alemães.

Enquanto isso, a Londres de Winston Churchill era bombardeada a todo instante por aviões nazistas. Render-se? Jamais! Negociar com Adolf Hitler? Nunca!

Hitler deu início à invasão da União Soviética em 22 de junho de 1941 por meio da Operação Barbarossa.

O mesmo “Diário de Notícias” que mostrava a fala corajosa de Churchill informava sobre a invasão alemã. “Dezenas de milhares de soldados são enviados com toda urgência para a fronteira ocidental da Rússia afim de reforçar o exército russo que resiste ao ataque desencadeado, em quatro direções”, dizia a reportagem.

E pensar que, anos antes (agosto de 1939), alemães e soviéticos assinaram um acordo de não-agressão. Numa guerra, os acordos anteriores são rasgados. Os Aliados aproveitaram essa brecha para se aproximar da União Soviética e trazê-los para o outro lado do front.

Um ano antes da invasão à União Soviética, as tropas de Hitler desfilavam pelas ruas de Paris, demonstrando que a França já estava sob domínio alemão.

O Führer esteve na cidade luz e visitou o túmulo de Napoleão Bonaparte. O imperador francês também tentou invadir a Rússia — em 1812 (129 anos antes) — e perdeu. Hitler repetiria o gesto com a Operação Barbarossa.

O frio russo não teve piedade e daria uma grande contribuição para os Aliados na destruição de Adolf Hitler e do regime nazista. Churchill tinha razão: era preciso urgentemente destruir Hitler e todo vestígio do regime nazista.