A cantora brasileira que conquistou os Estados Unidos e viveu apenas 46 anos

10 fevereiro 2023 às 11h46

COMPARTILHAR
Carmen Miranda nasceu em Portugal, mas é, acima de tudo, uma cantora brasileira. Brilhou tanto na música quanto no cinema
Ela nos mostrou o que é que a baiana tem e ensinou para a mamãe que, para o bebê não chorar, tem de dar chupeta. Ela nasceu em Portugal, no dia 9 de fevereiro de 1909, mas foi no Brasil que a sua estrela brilhou. Carmen Miranda é, até hoje, um dos maiores símbolos do Brasil, do colorido do carnaval.
Nas décadas de 1940 e 1950, Carmen Miranda foi para os Estados Unidos e o seu chica-chica-bom conquistou o Tio Sam. Ela fez filmes em Hollywood e apareceu diversas vezes em programas de televisão. É claro que os invejosos criticaram o sucesso de Carmen nos Estados Unidos. Ela respondeu com música:
Mas pra cima de mim, pra que tanto veneno?
E eu posso lá ficar americanizada?
Eu que nasci com o samba e vivo no sereno
Topando a noite inteira a velha batucada
Nas rodas de malandro, minhas preferidas
Eu digo é mesmo: eu te amo; e nunca: I love you
Enquanto houver Brasil na hora das comidas
Eu sou do camarão, ensopadinho com chuchu
A intensidade do trabalho atingiu a saúde de Carmen Miranda. Ela estava usando barbitúricos para dar conta da agenda cheia e isso teve efeitos colaterais. Em 1954, voltou ao Brasil, depois de 14 anos no exterior. Os ares brasileiros recuperariam sua saúde, por enquanto.
Meses depois, Carmen Miranda voltou para os EUA. Em 4 de agosto de 1955, fez sua última apresentação no programa Jimmy Durante, na NBC. Num trecho do programa, Carmen dançava com o apresentador e quase desmaiou. A saúde não ia bem.
Carmen Miranda foi encontrada morta no dia seguinte encerrando uma carreira de muito sucesso. Todo carnaval a gente lembra dela, da sua alegria, das suas fantasias, das suas músicas.
A cantora morreu com apenas 46 anos.
Dica de leitura: livro de Ruy Castro

Se o leitor tiver paciência, vale a leitura do livro “Carmen — A Vida de Carmen Miranda, a Brasileira Mais Famosa do Século XX” (Companhia das Letras, 632 páginas), de Ruy Castro.