O céu de Nova York estava azul. Mais uma terça feira começando. Alguns bombeiros vistoriavam um bueiro numa das ruas de Manhattan acompanhados por uma equipe de filmagem. Enquanto faziam a gravação, o barulho do motor de um avião chamou a atenção. O cinegrafista acompanhou a trajetória da aeronave até se chocar com uma das torres do World Trade Center. Eram quase nove horas da manhã do dia 11 de setembro de 2001. A princípio, acreditava-se em um acidente. Logo, as emissoras de televisão voltaram suas atenções para as Torres Gêmeas. O fogo consumia a estrutura do prédio e tudo era transmitido ao vivo. Os jornalistas procurando testemunhas para falarem o que viram, especialistas para explicarem o que aconteceu. Quando há o caos, a gente procura um fio para dar ordem nas coisas.

Poucos minutos depois, outra explosão. Um outro avião se lançou na segunda torre. Dessa vez, tudo filmado ao vivo. O inacreditável aconteceu: os Estados Unidos estavam sob ataque. Será que haveria outro avião se deslocando para o próximo alvo? Onde seria: Casa Branca ou Capitólio? Não demorou para chegar notícias de Washington. A capital também foi alvo. Um avião se chocou contra a sede do Pentágono. Um quarto avião caiu na Pensilvânia. Era a Terceira Guerra Mundial logo no começo do novo século? Ao invés de armas nucleares, aviões comerciais? Muitas perguntas sem resposta.

As torres caíram levantando uma densa poeira sobre Nova York. Pessoas fugindo sem saber para onde ir. Milhares de mortos e feridos. Parecia o fim dos tempos. Não demorou para que terrorismo, Al-Quaeda, Talibã, Afeganistão e Osama Bin Laden entrassem no vocabulário do mundo. Extremistas islâmicos teriam arquitetado tudo.

O pôr do sol do 11 de setembro de 2001 foi ofuscado pela poeira das ruínas do World Trade Center e pela fumaça no Pentágono. Ninguém mais se lembrava do céu azul que se fazia na manha nova-iorquina. Uma terça feira comum virou a terça feira que abriu o século XXI.