Morre o publicitário Enio Mainardi de Covid. Ele é pai do escritor e jornalista Diogo Mainardi

08 agosto 2020 às 23h57

COMPARTILHAR
Crítico corrosivo da esquerda, Enio Mainardi tinha 85 anos. Ele não aprovou a saída de Sergio Moro do governo Bolsonaro e criticava o Supremo Tribunal Federal
O publicitário, escritor e jornalista Enio Mainardi morreu no sábado, 8, vítima da Covid-19, aos 85 anos. Ele é pai do escritor e jornalista Diogo Mainardi, ex-colunista da revista “Veja” e editor do site “Antagonista”.

Diogo Mainardi escreveu em “O Antagonista”: “Enio Mainardi, meu pai, morreu neste sábado. Ele estava internado com Covid-19. Nosso último encontro foi em 26 de abril de 2019. Viajei a São Paulo com meu filho mais velho e deixei-o na casa de meu pai. Eles gravaram um vídeo juntos. É assim que vou recordá-lo — com esse amor exuberante”.
Nascido em Pindorama, em São Paulo, Enio Mainardi criou a agência Proeme, na década de 1970, e criou slogans publicitários para as marcas Tostines, Jurema, Bonzo, Cica, Óleo Lisa e Smirnoff.
Enio Mainardi escreveu os livros “Nenhuma Poesia É Inocente” e “O Moedor” (contos).

Nas redes sociais, Enio Mainardi era uma presença ativa, inteligente e irônico.
Assim como o filho, Enio Mainardi não era de esquerda. Pelo contrário, professava o credo da direita, tanto que era um crítico corrosivo do PT de Lula da Silva e Dilma Rousseff. Nos últimos meses, havia se tornado um crítico incisivo de algumas ações do Supremo Tribunal Federal.
O publicitário não aprovou a saída de Sergio Fernando Moro do ministério do presidente Jair Bolsonaro.
A deputada federal Joice Hasselmann lamentou a morte do “aliado”: “Perdemos um bravo guerreiro na luta contra a corrupção e o lulismo. Enio está eternizado em sua genialidade que traduzia em textos incríveis, ideias e críticas ácidas e sábias”.