Irmão do filósofo Leandro Konder, o jornalista Rodolfo Konder, de 76 anos, morreu na quinta-feira, 1º, no Hospital Beneficência Portuguesa, em São Paulo. Ele tinha câncer.

Jornalista do primeiro time e militante da esquerda, Rodolfo Konder foi perseguido na ditadura. No regime civil-militar, para sobreviver, fez traduções para a Editora Civilização Brasileira, então dirigida por Ênio Silveira.

Rodolfo Konder trabalhou na agência Reuters, nas revistas “Realidade”, “Singular Plural”, “Visão”, IstoÉ”, “Afinal”, “Nova”, “Playboy”, “Revista Hebraica” e “Época”. Ele foi editor-chefe e apresentador do “Jornal da Cultura”, da TV Cultura de São Paulo. Colaborou com o “Estadão”. Foi professor da Faculdade de Jornalismo da Fundação Armando Álvares Penteado (Faap). Escreveu os livros “Cadeia Para os Mortos”, “Tempo de Ameaça” e “Comando nas Trevas”. Ganhou o Prêmio Jabuti pelo livro “Hóspede da Solidão”.