Ex-repórter do “Estadão”, da “Folha” e da “Veja”, Sautchuk trabalhou no “Diário da Manhã”, de Goiânia, e foi um dos criadores do Fica

Jaime Sautchuk: jornalista | Foto: Reprodução

Jaime Sautchuk morreu na quarta-feira, 14, no Hospital Brasília, aos 67 anos. O jornalista e escritor sofreu uma parada cardíaca. Ele estava se tratando de problemas cardíacos no coração e nos rins (fazia hemodiálise). O profissional trabalhou na BBC de Londres, nos jornais “Opinião”, “Movimento”, “O Globo”, “Estadão”, “Folha de S. Paulo”, “Diário da Manhã” (de Goiânia) e na revista “Veja”. Era um repórter considerado como “brilhante” pelos colegas — sempre procurando fazer uma abordagem diferenciada e mais ampla dos fatos. Escrevia muito bem, dadas sua vasta cultura — contam ex-companheiros de redação — e variedade de interesses.

Ele escreveu uma biografia preliminar — não exaustiva — do escritor Bernardo Élis, autor do romance “O Tronco” e da coletânea de contos “Veranico de Janeiro”. Arriscou-se também na seara da ficção com os livros “Mitaí” e “Antologia Profética”.

O jornalista, especializado em cobertura ambiental, integrava as lutas pela preservação do Cerrado. Tinha grande interesse pela Amazônia. Ele é um dos criadores do Festival de Cinema e Vídeo Ambiental, na Cidade de Goiás. O Fica foi criado pelo governo de Goiás, na gestão de Nasr Chaul na Secretaria de Cultura.

Escreveu também sobre a Guerrilha do Araguaia, movimento liderado por integrantes do Partido Comunista do Brasil (PC do B), entre 1972 e 1974, na confluência dos Estados do Pará e Goiás (hoje, Tocantins). Foi um dos primeiros a reportá-la.

Sautchuk nasceu em Joaçaba, em Santa Catarina, mas logo se mudou para Goiás e daqui não saiu mais. Ele morava na reserva ambiental Linda Serra dos Topázios, em Cristalina, município do Entorno de Brasília. O jornalista deixa três filhos.