Arthur de Lucca, misto de filósofo e sociólogo, aponta que o “Diário da Ma­nhã” publicou que o advogado Davi Carlos Fagundes é especialista em Di­reito “lato censo”. “Está certo?”, inquire.

O professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul Luís Augusto Fischer, no livro “Dicionário de Palavras & Expressões Estran­geiras”, sugere que não. Ele diz que, no lugar de “lato censo”, escreve-se “lato sensu”. “Latim, de uso bastante frequente, com o significado de ‘em sentido amplo” ou mesmo ‘em sentido lato’ (atenção para a preposição ‘em’, que faz parte da forma latina pela via da declinação da palavra). Usa-se também a expressão correlata e oposta stricto sensu, significando em ‘sentido estrito’, ‘em sentido limitado’. (Pela presença necessária da preposição ‘em’ na tradução para o português, não tem muito cabimento dizer, em nossa língua, uma frase como ‘Eu gostaria de dizer, em stricto sensu’”, porque haverá redundância.)” A pronúncia é: “LA-to ÇÊN-çu”. O “DM” teria confundido a pronúncia com a forma escrita? O editor pode ter confundido com Censo do IBGE? Tudo é possível.