O americano disse que criou Scooby-Doo pensando numa temporada. O desenho já é cinquentão

Joe Ruby: um dos criadores do Scooby-Doo | Foto: Reprodução

Há cachorro mais simpático do que Scooby-Doo? Certamente, não há — exceto, quem sabe, os nossos, que são crianças eternas. O grandalhão Scooby-Doo parece meio bobão, mas o que é mesmo é muito divertido, dada sua graça espontânea, como se fosse uma criança grandona e meio atrapalhada.

O americano Joe Ruby (Joseph Clemens Ruby) e Ken Spears criaram Scooby-Doo para os estúdios Hanna-Barbera, em 1969 — há 51 anos. Joe Ruby morreu na quinta-feira, 27, na Califórnia, Estados Unidos, aos 87 anos. De causas naturais, informou a família.

A carreira de Joe Ruby na animação deslanchou como técnico da Walt Disney Productions, mas ele se tornou famoso como contratado dos estuúdios Hanna-Barbera.

A série Scooby-Doo estreou no canal CBS, com imenso sucesso. Criticava-se, à época, a maioria dos desenhos animados, que seriam violentos. Scooby-Doo trouxe a graça, o humor para os desenhos e foi um sucesso imediato. Um sucesso internacional. Os autores criaram uma espécie de história de detetives, ao qual associaram o sobrenatural — ou falso sobrenatural —, para crianças, mas duvido que algum adulto, os de bom senso e capacidade de rir, não tenha visto ao menos algum episódio.

Numa entrevista, Joe Ruby disse que os criadores de Scooby-Doo pensavam que a série duraria uma temporada, mas, surpresos, acabaram por entender que haviam forjado um personagem quiçá permanente e universal.

Scooby-Doo é um cachorro e tem amigos humanos, como Norville “Salsicha Rogers, Fred Jones, Daphe Blake e Velma Dinckley. Os garotos são ótimos, mas Scooby Doo é o astro, aquele que enche a tela, não só pelo tamanho, mas por sua graça tão atrapalhada quanto a de seu dono, o Salsicha. Talvez, sem a pretensão, Scooby Doo seja o dono do Salsicha.

O sucesso do desenho levou a dois filmes com atores de carne e ossos, sob a direção de Raja Gosnell.

O mundo dos desenhos está de luto com a partida de Joe Ruby, que, por certo, será eternizado por sua criatura.