Reportagem parece ter sido feita para gerar choro de pais de garoto e atrair telespectadores

O bebê Paulo Victor precisa fazer uma cirurgia nos Estados Unidos para conseguir andar quando crescer. A TV Anhanguera, em geral comedida, fez um escarcéu com o drama da família, explorando o choro dos pais.

Golpistas usaram a campanha que os pais criaram para conseguir dinheiro para bancar o procedimento cirúrgico. O “Jornal Anhanguera 1ª Edição” ouviu os pais da criança durante 19 minutos e 41 segundos — o que caracteriza sensacionalismo. A exposição da criança não fere o Estatuto da Criança e do Adolescente?

A reportagem só foi concluída quando os pais choraram. O Grupo Zahran vai manter o jornalismo sensacionalista da TV Anhanguera? É provável que sim, porque, com audiência em queda, a ordem é aumentar o tempo de reportagens de impacto, de caráter popularesco.