Desembargadores participam de lançamento de livro de Gabriel Nascente no Rio de Janeiro

09 julho 2024 às 10h51

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O que falta a Gabriel Nascente? Editora de nome cristalizado no mercado — como Companhia das Letras, Todavia, Record, Intrínseca ou Iluminuras. A Relicário também está publicando livros de maneira qualitativa.
O que falta a Gabriel Nascente é uma fortuna crítica considerável, em escala nacional, a partir das duas cortes ou metrópoles do país — Rio de Janeiro (a corte cult) e São Paulo (a corte econômica).
O que sobra em Gabriel Nascente? Poesia de alta qualidade. Gabriel é uma nascente de poesias puras, quer dizer, de alto nível.
Quando publicada por uma grande editora, com uma crítica consistente (Antônio Carlos Secchin deu o pontapé, abrindo a metade da porta), sua poesia sairá consagrada. Espera-se que com ele vivo. Aos 74 anos, Gabriel Nascente não para de publicar diamantes para o cérebro, mas há quem o trate, sem ter lido sua obra, como cassiterita.
Diz-se que Gabriel Nascente escreve muito. Mas não é isto que deve surpreender os verdadeiros críticos. Crucial mesmo é que sua média, em termos de qualidade, é alta.
Prestígio local e nacional

Na sexta-feira, 5, Gabriel Nascente lançou o livro “O Cálice de Orfeu” (Batel, 175 páginas), na Livraria Travessa, em Ipanema, no Rio de Janeiro. Trata-se da livraria mais cult do país. A apresentação do livro é do poeta e crítico literário Gilberto Mendonça Teles (um dos críticos mais respeitados pelo poeta Carlos Drummond de Andrade).
Para prestigiar o maior poeta vivo de Goiás — e um dos maiores do país — foram ao Rio os desembargadores Luiz Claúdio Veiga Braga, presidente do TER-Goiás, José Carlos de Oliveira e William Costa Melo. Todos leitores de boa poesia, símbolos dos homens de cultura do Judiciário goiano.
O jornalista e escritora Iuri Rincon Godinho e o poeta Adalberto Queiroz (autor da obra-prima “Cadernos de Sizenando”) também prestigiaram o bardo goiano. Iuri Rincon sublinhou: “Gabriel é o Gabigol da poesia”.
O lançamento contou com a presença de integrantes da Academia Brasileira de Letras (ABL), artistas, escritores e intelectuais da capital fluminense. Entre os integrantes da ABL estavam também ex-presidentes da entidade.