Poeta de qualidade, filho da tradição que oferece sua contribuição à história da poesia, Adalberto Queiroz engrandece a AGL e vice-versa

O escritor Adalberto de Queiroz é jornalista por formação. Mas, de verdade, é poeta por vocação. Um grande poeta, que ainda não tem a fortuna crítica necessária para estabelecê-lo assim. Trata-se, claro, de um filho da tradição, mas que sabe traçar caminhos próprios, o que o aproxima de determinados vates, mas não como clone. Eleito recentemente para a Academia Goiana de Letras, o bardo toma posse na quinta-feira, 11, às 17 horas, na sede da AGL, na Rua 20, nº 345, no Setor Central.

Adalberto de Queiroz é autor do livro “Frágil Armação” | Foto: Divulgação

Quando Bernardo Élis assumiu uma vaga na Academia Brasileira de Letras, na década de 1980, houve quem, inclusive goianos, que torcesse por Juscelino Kubitschek. A indicação deste seria maneira de confrontar a ditadura. Na verdade, se influenciou na indicação do autor de “Veranico de Janeiro”, a ditadura fez uma coisa certa: ajudou a colocar na ABL um escritor que mereceu elogios, por ser escritor, de Antonio Candido, o maior crítico literário da história do país, Monteiro Lobato e Guimarães Rosa. Adalberto de Queiroz, o Beto, é isto: um escritor, um crítico literário e, sobretudo, um grande poeta. A Academia o merece e ele merece a Academia. Um engrandece o outro.