A primeira escola de Goiânia foi efetivada para os filhos dos operários e idealizada pelas então mocinhas vilaboenses Maria das Graças Fleury Pires de Campos, Célia Coutinho Seixo de Britto e Tuniche Vieira, chamava-se “Escola Santana”

Dr. Hélio Seixo de Britto expondo seu plano para a educação da cidade de Goiânia em 1961 | Acervo de Bento Fleury

Goiânia, 1961. A “capital brotinho” com pouco mais de vinte anos de efetiva existência dava os primeiros passos rumo a sua consolidação. Surgida nos altiplanos de campinas na década de 1930, graças aos esforços de Pedro Ludovico Teixeira e impulsionada pela “Marcha para o Oeste” do Governo Vargas, a nova capital propiciou outra dimensão ao Estado de Goiás que, até então, por um determinismo geográfico de sua antiga capital, Vila Boa, depois Cidade de Goiás, vivia num letargo social e econômico sem precedentes, isolado e desconhecido do resto do país.

A epopéia da mudança da capital, sua transferência e efetiva permanência nos arredores da antiga cidade de Campinas passa por datas emblemáticas: 24 de outubro de 1933, data do lançamento da Pedra Fundamental; 23 de março de 1937, data da mudança definitiva e inexorável do governo e repartições públicas e 05 de julho de 1942, data do Batismo Cultural de Goiânia, que efetivava uma nova cidade no coração geográfico da pátria brasileira, “flor miraculosa do sertão”, como alcunhou Dom Aquino Correia na missa daquele 05 de julho de 1942.

O desenvolvimento social, econômico, político e cultural de Goiânia foi gradativo, dadas as dificuldades do período da Segunda Guerra Mundial e também no Estado Novo. A iniciativa privada, o sonho da consolidação da cidade e os investimentos foram molas propulsoras para que a nova capital se firmasse no cenário brasileiro como a confirmação de uma vontade e a tenacidade de um povo em busca de um ideal maior.

No campo educacional, a primeira escola de Goiânia foi ainda efetivada para os filhos dos operários, idealizada pelas então mocinhas vilaboenses Maria das Graças Fleury Pires de Campos, Célia Coutinho Seixo de Britto e Tuniche Vieira, chamava-se “Escola Santana”. O Grupo Escolar Modelo foi logo construído e transferido da Cidade de Goiás para Goiânia em 1937.

Na histórica Vila Boa a antiga escola passou a denominar-se “Grupo Escolar de Goiás” e foi dirigida pela professora Emília Perillo Argenta (1902-1991). Em Goiânia, o Grupo Escolar Modelo foi dirigido pela professora e, depois vereadora, Julieta Fleury da Silva e Souza (1908-2002).

Julieta Fleury da Silva e Souza, primeira diretora de Escola em Goiânia. 1937. Acervo de Bento Fleury

Nessa mesma década teve início o funcionamento do Lyceu de Goiânia, prolongamento do Lyceu de Goyaz, fundado em 1846 na histórica Vila Boa. Havia ainda a Escola Normal Oficial que foi transferida da Cidade de Goiás e teve como diretora a escritora e historiadora Ofélia Sócrates do Nascimento Monteiro (1900-1986).

Em 1942 foi transferida a Escola de Aprendizes e Artífices da Cidade de Goiás, lá fundada em 1909, que passa a denominar-se Escola Técnica Federal de Goiás, depois CEFET e hoje IFEGO. Nos anos de 1940, a educação em Goiânia passava por transformações, mas todas ainda vinculadas à Secretaria de Educação e Saúde do governo estadual, tanto das siglas da UDN ou PSD.

Desde o primeiro prefeito de Goiânia, Venerando de Freitas Borges (1907-1994), nomeado pelo Interventor Federal Dr. Pedro Ludovico Teixeira, já houve preocupação com o ensino a cargo do município, com algumas salas de aula esporádicas e sem sede própria em prédios alugados e cedidos por terceiros, principalmente em bairros mais distantes que surgiam na explosão demográfica que representou a nova cidade. Em Campinas e na Vila Nova existiam salas de aula do município já em 1946.

Dia da inauguração do Grupo Escolar Getulino Artiaga, Vila Nova. Acervo de Bento Fleury

Pode-se afirmar, com certeza, que a educação municipal em Goiânia já nasceu sob a égide do social, ao buscar o resgate da cidadania dos excluídos e marginalizados. Enquanto o Lyceu, a Escola Normal, o Grupo Escolar Modelo atendiam as crianças e jovens da área central da nova cidade, as obscuras e esquecidas salas do município atendiam àqueles moradores das primeiras invasões e bairros distantes de Goiânia.

Venerando de Freitas Borges permaneceu no mandato de Prefeito Municipal de Goiânia de 29 de novembro de 1935 a 05 de novembro de 1945, já no fim do Estado Novo. Com a nomeação do Desembargador Dr. Eládio de Amorim para Interventor Federal em Goiás, este também nomeou Ismerino Soares de Carvalho para a Prefeitura Municipal de Goiânia, de 09 de novembro de 1945 a 17 de fevereiro de 1956. Nesse período, a então primeira-dama do Estado, Antonieta Cupertino de Barros Amorim visitou uma sala de aula do município e promoveu o natal das crianças carentes, no então distante bairro de Vila Nova.

Este prefeito foi seguido de Onivaldo Borges Leão, nomeado pelo outro Interventor Felipe Antonio Xavier de Barros, que ficou de 18 de fevereiro de 1946 a 25 de março de 1947.

Vivia-se, no campo político uma instabilidade jamais vista, na entrada e saída de cargos, o que prejudicava o país e o município de uma maneira geral. Mesmo assim, as salas de aula esporádicas do município ainda persistiam atendendo à população pobre da periferia da capital, que crescia assustadoramente.

Quando o engenheiro Jerônimo Coimbra Bueno assumiu o poder no final dos anos de 1940 marcava-se uma mudança nos destinos e no eixo político do Estado. Este nomeou novamente Ismerino Soares de Carvalho para assumir a Prefeitura Municipal de Goiânia, o que ficou de 26 de março de 1947 a 06 de novembro do mesmo ano, quando então foi eleito diretamente o também engenheiro Eurico Viana, o primeiro prefeito eleito da história da nova capital de Goiás, que assumiu seu cargo até 1951.

Com a queda da UDN e retorno do PSD foi eleito em 1951 novamente o pioneiro Venerando de Freitas Borges que ficou até 1955, seguido de um prefeito interino, Messias de Souza Costa, que assumiu pelo curto período de um mês.

Foi eleito com a sigla do PTB o fotógrafo João de Paula Teixeira Filho, o Parateca, que assumiu de 1955 a 1959. Nesse mandato, foi alugado um prédio inteiro e passou a funcionar o primeiro Grupo Escolar inteiramente municipal, ainda sem sede própria, alcunhado de Grupo Escolar Getulino Artiaga, na Vila Nova.

Esta escola pioneira na educação municipal teve por patrono o major da polícia de Goiás, Getulino Artiaga Lima, que foi assassinado em Nova Aurora no ano de 1950. Este nasceu em Itaberaí, no ano de 1913, e foi casado com Berenice Teixeira Artiaga, a primeira mulher a ser Deputada no Estado de Goiás. Seu filho, Índio do Brasil Artiaga, mais tarde, foi indicado Prefeito Municipal de Goiânia.

No ano de 1959 foi eleito o jornalista Jaime Câmara (1909-1989) que ficou até 1961. No seu mandato foi criado um Departamento Municipal de Educação e alugados prédios inteiros para funcionar algumas escolas já em vilas distantes, porém nenhuma com sede própria e de forma improvisada.

No ano de 1961 foi eleito o médico vilaboense Dr. Hélio Seixo de Britto (1909-2002) com intensa atividade política e social, com experiência na área educacional, pois já havia, no governo de Jerônimo Coimbra Bueno, assumido a pesada pasta de Secretaria de Educação e Saúde do Estado.

Solenidade de inauguração da sede própria do Grupo Escolar Getulino Artiaga. Fala à televisão local o Prefeito Dr. Hélio Seixo de Britto, tendo a seu lado a esposa Célia Coutinho | Acervo de Bento Fleury

Profundo conhecedor da realidade social do Estado e das dificuldades pelas quais a educação passava naqueles distantes anos de meio século atrás, o então prefeito foi até a televisão e expôs suas metas para a educação da jovem capital goiana.

O prefeito municipal de Goiânia reconhecia que, naquele tempo, era o ensino, mormente o conhecido por primário, hoje primeira fase do Ensino Fundamental, o problema básico nacional. Assim, contratou a competente professora e estudiosa da educação, Terezinha Valadares de Castro, para então assumir o Departamento de Educação e Cultura e promover uma verdadeira revolução.

Com sua competência e dinamismo a então professora agilizou todos os processos para regularização das escolas, promoveu cursos, organizou todos os documentos necessários para que se transformasse aquele Departamento de Educação e Cultura em Secretaria Municipal de Educação e Cultura.

Se Goiânia hoje tem uma Secretaria Municipal de Educação que se destaca pelo arrojo e grandiosidade, deve, sobretudo, ao conhecimento e agilidade desta profissional que, dadas as dificuldades de sessenta anos passados, conseguiu este grande feito.

O sério problema da educação do município de Goiânia, em meio século atrás, era a falta de prédios próprios e a grande quantidade de profissionais leigos que atuavam em sala de aula; o que foi de imediato corrigido pela dinâmica professora Terezinha Valadares durante o processo de correção das problemáticas e implantação da Secretaria.

Cumprido o seu papel de efetivação da Secretaria, renunciou a professora Terezinha, quando assumiu como primeiro Secretário Municipal de Educação de Goiânia, o magistral historiador e pesquisador Genesco Ferreira Bretas (1911-2007).

Professor Genesco Ferreira Bretas (1911-2007) historiador, pesquisador, cronista e referência nos trabalhos sobre a história da instrução pública em Goiás, primeiro Secretário Municipal de Educação de Goiânia | Acervo de Bento Fleury.


Homem e profissional do mais lato gabarito profissional e intelectual, o professor Genesco Bretas lutou incansavelmente para que a nova pasta do governo municipal de Goiânia pudesse ser efetivada, ao atacar primeiramente a questão da falta de prédios próprios para os Grupos Escolares Municipais.

Em 1961 nenhuma escola do município de Goiânia tinha prédio próprio. Já eram então trinta e sete escolas, sendo que trinta e uma delas funcionava com apenas uma sala de aula e seis com duas salas; uma situação alarmante para aquele tempo. As salas eram separadas por cortinas e na então “Escola Municipal Bandeirante” funcionavam três turnos com alunos assentados em sentido oposto!

Quanto ao efetivo humano, o quadro de profissionais da educação municipal, era de 171 professores, somente 37 com o curso normal, 29 possuíam a segunda série ginasial e o restante o primário incompleto. Um quadro desolador.

Com muita responsabilidade e coragem, o professor Genesco Ferreira Bretas instituiu o “Exame de admissão” às professoras. Grande maioria voltou a estudar, algumas saíram e outras foram aproveitadas em diferentes funções. Foram contratadas novas 51 normalistas para atuarem nas escolas municipais da capital.

Cursos diversos foram oferecidos, inclusive de férias, para ampliar o conhecimento das professoras em relação às novas metodologias de ensino em voga na época. O próprio prefeito foi um dos professores do curso que se denominou “Curso de Extensão Cultural”.

Ao buscar integrar Goiânia no circuito de discussões em nível nacional, o então Secretário Municipal de Educação e Cultura de Goiânia enviou as orientadoras educacionais do município para participarem, com bolsas de estudo pelo INEP, à cidade de Belo Horizonte, para especialização na área de ensino básico, o que muito contribuiu para a melhoria da qualidade da educação naquele tempo. Também inseriu os professores do município nas atividades do “V Congresso nacional de Educação” que se realizou em Goiânia naquele tempo, época das “Diretrizes e Bases da Educação Nacional” que, também, chegam ao cinqüentenário.

O Professor Genesco Ferreira Bretas elaborou o “Plano de Educação Municipal de Goiânia” com projetos junto ao MEC para a construção de grupos escolares na capital. Todos os seus projetos, pela eficiência e competência, foram aprovados pelo Conselho Estadual de Educação.

O primeiro a ser adquirido e reformado foi o Grupo Escolar Getulino Artiaga, no então distante bairro de Vila Nova, com instalações então modernas para a época.

O evento revestiu-se de grandioso sucesso para a época, pois jamais se imaginou uma escola do município, destinada aos mais pobres, sediada em um prédio com modernas instalações para o seu tempo. A própria televisão goiana esteve noticiando o fato, quando, com ênfase, o prefeito destacou seu compromisso com os mais carentes de Goiânia.

Durante a sua gestão como Prefeito Municipal de Goiânia, por meio do empenho do Secretário Municipal de Educação, Professor Genesco Ferreira Bretas foram construídas seis escolas municipais nos setores afastados do centro como Bairro Capuava, Vila Aurora, Vila Mauá, Jardim América e Setor Rodoviário.

Outra escola inaugurada logo em seguida, a partir dos projetos do Professor Genesco Ferreira Bretas foi o Grupo Escolar Professora Edna de Roure, na Vila Irany, que constou de grande solenidade, haja vista o significado social daquela obra para o bairro e para toda aquela região. Estava também presente o reconhecido e popular vereador Boaventura Moreira de Andrade, um dos primeiros populares a assumir cargo no Legislativo do município de Goiânia.

Inauguração do Grupo Escolar Professora Edna de Roure, na Vila Irani. Educação na periferia. Acervo de Bento Fleury

Logo em seguida, no Setor Rodoviário, foi construído o Grupo Escolar Brasil Di Ramos Caiado e inaugurado na gestão do Prefeito Dr. Hélio Seixo de Britto, em atendimento às reivindicações da comunidade daquela região. Hoje, o antigo grupo escolar é uma das Unidades Regionais da SME.

Ainda na sequência do trabalho gigantesco do primeiro Secretário Municipal de Educação de Goiânia foi construído o Grupo Escolar Georgeta Revalina Duarte, na Vila Mauá e o Grupo Escolar Moisés Santana no bairro Capuava, ambos necessários à inserção cultural e intelectual da população da periferia de Goiânia.

Em 1966 foi eleito Iris Rezende Machado que assumiu a Prefeitura após Dr. Hélio Seixo de Britto, iniciando uma nova história no que concerne à educação, segundo capítulo desta história importante que se faz legado às novas gerações.

O ilustre professor Genesco Ferreira Bretas, Secretário Municipal de Educação pioneiro de Goiânia nasceu em Caldas Novas, Estado de Goiás em 18 de novembro de 1911. No ano de 1912, sua família transferiu residência para a cidade de Anápolis onde realizou os seus primeiros estudos, terminando-os novamente em Caldas Novas. De uma infância pobre, iniciou o trabalho como professor primário em sua terra aos 17 anos, em 1928, cargo em que ficou até o ano de 1931.

Com inusitada coragem, partiu para enfrentar a vida no Rio de Janeiro onde passou por muitas dificuldades e lutas para sobreviver, valendo-se de sua inteligência e de seu ideal. Ali, tornou-se bacharel em Línguas Germânicas, quando lecionou francês, inglês e português, além da função de postalista da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, cargo em que se mudou para Goiás novamente no ano de 1942, chegando a chefe da divisão de Postagem dos Correios de Goiânia.

O momento histórico em que ocorreu o retorno do professor Genesco Ferreira Bretas a Goiás foi essencial para sua inserção no processo educacional do Estado. Vale ressaltar que, aqui, no período compreendido entre 1930 e 1945, todas as modalidades de ensino, a começar pela educação hoje caracterizada como infantil até a educação de nível superior, passaram por significativas modificações, todas estas insufladas pelas mudanças políticas e administrativas ocorridas no Brasil após a Revolução de 1930.

Construção do Grupo Escolar Brasil Di Ramos Caiado, no Setor Rodoviário em Goiânia, hoje Unidade Regional desta Secretaria Municipal de Educação de Goiânia | Acervo de Bento Fleury

A partir de 1942, ano do Batismo Cultural de Goiânia, Genesco Ferreira Bretas passou a atuar de forma mais efetiva na educação de nosso Estado. Dentre todas as suas atuações no magistério foi o fundador da Associação Goiana de Educadores (AGE), presidindo-a de 1950 a 1953 e Secretário Municipal de Educação de Goiânia, na gestão do Prefeito Dr. Hélio Seixo de Britto, como já ressaltamos.

Daí em diante, o nome de Genesco Ferreira Bretas estará definitivamente ligado ao crescimento da educação no Estado de Goiás. Foi professor por toda a vida, diretor do Lyceu de Goiás, Diretor do Instituto de Educação de Goiás (IEG), Professor da Faculdade de Filosofia da hoje PUC-Goiás, professor da Faculdade de Filosofia da Universidade Federal de Goiás e da Faculdade de Educação da UFG onde se aposentou. Foi membro do Conselho Estadual de Educação e da Academia de Letras e Artes de Caldas Novas, sua terra e ainda membro do Instituto Histórico e Geográfico de Goiás.

Genesco Ferreira Bretas lecionou em todas as instâncias da educação: no Ensino Fundamental primeira fase e segunda fase, antigo ginasial e primário; no Ensino Médio, antigo Segundo Grau colegial, técnico e normal, ensino superior em diferentes instâncias, professor do Ensino Municipal, Ensino Estadual, Ensino Federal e ensino particular, notadamente em tradicionais escolas como o Colégio Dom Bosco (1943-1948); o Colégio Santo Agostinho (1944-1952).

Culto pesquisador, Genesco Ferreira Bretas tinha uma biblioteca admirável, hoje pertencente ao Instituto Histórico e Geográfico de Goiás, publicou, além de centenas de artigos em jornais e revistas, dois expressivos e volumosos livros História da Instrução Pública em Goiás e Memórias de um Botocudo.

Seu primeiro livro, fruto de uma pesquisa extensa, abarca a história da educação em Goiás desde os primórdios de nossa formação cultural, com valiosos documentos coletados ao longo de sua atuação e na valorização do trabalho docente ao longo de quase três séculos de caminhada.

Já o segundo livro faz uma autobiografia interessante dos fatos que se passaram em sua vida útil e proveitosa de quase um século de existência, com importantes passagens sobre a história brasileira do século XX em Goiás e no Rio de Janeiro.

De sua longa e proveitosa vida de 96 anos, ele dedicou 54 à educação. Foi também esposo amoroso à sua querida Maria Adélia Batista, recentemente falecida, e pai extremado aos filhos que o adoravam. O professor Genesco Ferreira Bretas faleceu em 18 de setembro de 2007, deixando o mais digno exemplo de trabalho, honradez e cultura para as futuras gerações de goianos.