Uma história que ecoa pelos cantos do mundo, sussurrando pela voz dos ventos que humildade e sabedoria sempre andam de mãos dadas

Foto: Mongkolchon Akesin

Diz uma antiga lenda que, quando esteve na Terra, Jesus Cristo usou seus poderes para conhecer todos os ambientes do planeta.

Chegando ao Cerrado, ficou tão impressionado que escolheu o local para fazer um jardim. Assim nasceu o Jardim da Humildade. Era lá que Jesus se refugiava para cultivar a sabedoria.

Nesta ocasião um homem chamado João, de boa situação econômica, ao ouvir Jesus pregando, ficou impressionado com tanta sabedoria. Foi então que, aproximando-se, o convidou para almoçar em sua fazenda.

Ao chegar o dia do almoço, João pediu aos criados que preparassem uma rica e variada refeição, pois iria receber em sua casa um homem muito sábio. João, ansioso, não via o tempo passar. Olhava para o horizonte à espera de Jesus, mas Jesus não aparecia.

Certo momento, um pouco depois do tempo combinado, João avista um mendigo vindo em direção à sua casa.

Ao aproximar-se, o mendigo, dirigindo-se a João, pede um pouco de comida. João ordenou aos criados que lhe preparassem um prato e, dirigindo-se ao mendigo, disse:

— Aqui está sua comida, pode saciar-se. Só lhe peço que assente no toco, ali no canto do quintal, porque hoje estou esperando uma pessoa muito especial para almoçar comigo!

O tempo foi passando e nada de Jesus aparecer. João, angustiado de tanto esperar, perdeu a esperança e ordenou aos criados que atirassem a comida aos porcos, pois seu convidado não mais viria.

Meses depois, indo à cidade, João encontra novamente Jesus falando numa roda de povo. Espera a pregação terminar, se aproxima e diz:

— Que grande desfeita a sua; eu o convidei para almoçar, fiz um banquete e você não apareceu!

Jesus então lhe falou:

— Eu fui João, e fiquei muito agradecido pela comida. Você ordenou aos criados que me servissem a comida numa vasilha e pediu-me para que me assentasse no canto do seu quintal, alegando que naquele dia iria receber um ilustre convidado…

A lenda ainda ecoa pelos quatro cantos do mundo, sussurrando, pela voz dos ventos, que humildade e sabedoria sempre andam de mãos dadas.