PT faz o impossível para impedir que se descubra que roubava a Petrobrás

23 abril 2014 às 14h53

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Os esforços do PT e do governo para impedir que se descubram o “quem” e o “como” dos roubos de que foi vítima a Petrobrás parecem estar tendo sucesso, a despeito da “blitzkrieg” da Polícia Federal.
No Senado, onde a maioria chapa-branca é ampla, a questão foi posta no colo de Renan Calheiros e Romero Jucá. A dupla é do PMDB, mas está sempre de prontidão quando é preciso limpar as cavalariças do PT, e não tem medo de imundícies.
No Supremo, a quem a oposição recorreu para que não se desfigurasse a CPI aprovada no mesmo Senado, a relatora é Rosa Weber. Também recorreram os governistas, que querem uma CPI que investigue a Petrobrás mais meio mundo, isto é, que não investigue ninguém. A ministra, nomeada por Dilma Rousseff, foi um dos votos que reformaram uma decisão da Corte e livraram José Dirceu e João Paulo Cunha do regime fechado. Espera-se, com curiosidade, seu pronunciamento. Afinal, saberemos ou não quem ficou rico com o negócio escuso da refinaria americana de Pasadena?
O ministro Joaquim Barbosa foi insultado, quando saía de um restaurante em Brasília, por um bando de petistas desordeiros, no que pareceu uma ação organizada. Os próprios arruaceiros filmaram a ação e postaram o filme na internet. Parece que o chefe já é figura conhecida pela ignorância (havia agredido a cubana Yoani Sanchez quando de sua visita ao Brasil). O valentão (nunca sozinho) chama-se Rodrigo Grassi Cadermatori e é funcionário do gabinete da deputada petista Erika Kokay. É apoiado pela chefe, mas não é figura que deveria andar solta por aí. Outro baderneiro, João Marcos Melo, é funcionário da Secretaria Nacional da Juventude, órgão da Presidência da República. Retrato do Brasil petista: um funcionário do Legislativo e outro do Executivo participando de um achincalhe público contra o chefe do Poder Judiciário. O líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes, pediu abertura de sindicância à Câmara dos Deputados contra Cadermatori. De João Marcos, ninguém falou mais. Haverá alguma punição?