MST: movimento social ou terrorismo? Governo Bolsonaro conteve invasões de terra

19 junho 2022 às 00h00

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O MST é inimigo do agronegócio. Para o movimento, o agronegócio representa a exploração e o atraso, numa visão destorcida da realidade. Barbárie pode voltar
O país se acostumou a assistir, do governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) até o início do atual governo, a invasões, depredações, incêndios e assassinatos por parte de movimentos organizados, ditos “sociais”, mas apenas violentos.
O mais evidente deles é o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Ele foi, desde sua criação em 1984, responsável por quase 6 mil invasões, que atingiram propriedades privadas, plantações produtivas, laboratórios de pesquisa, prédios de ministérios, sedes de repartições públicas, e até o Congresso Nacional, com a mais torpe selvageria, tudo feito à margem da lei e dos mais elementares princípios de democracia e civilidade. Ações criminosas, sem justificativa, enfim. Muitas dessas ações sequer guardavam conformidade com a proclamada finalidade do movimento — que seria a luta pela Reforma Agrária —, o que é um agravante na violência.

É de se ressaltar que o movimento não tem existência legal, outro agravante. Abdica de um CNPJ para melhor fugir de suas responsabilidades. A despeito disso, tem dirigentes conhecidos, e que, se aplicada a lei, estariam presos há muito. Os criminosos tiveram em todos esses anos, de 1985 até 2018, a cumplicidade dos governos FHC, Lula da Silva e Dilma Rousseff, de boa parte da mídia (muitas invasões sequer são noticiadas), da Igreja Católica (dos padres marxistas da Teologia da Libertação), de parte da Justiça e de partidos políticos de esquerda. Lula os considera aliados políticos e uma milícia petista. São o “Exército do Stédile”, como costuma dizer.
A história do MST é uma longa história de crimes, com detalhes mais e menos retumbantes.
Em outubro de 1985 o movimento fez a sua primeira grande invasão: tomou à força a Fazenda Annoni, no Rio Grande do Sul, em uma operação cuidadosamente planejada, envolvendo 1.500 famílias, que acabaram por obter a desapropriação da área e seu assentamento, no correr dos anos seguintes, até 1993.
Em 1996, no rumoroso episódio que o próprio MST batizou de Massacre de Eldorado dos Carajás, o movimento obteve sua maior vitória midiática, e que lhe deu sustento para executar uma série de invasões posteriores, inibindo as forças policiais de agir com a devida energia. Cerca de 2.000 integrantes do MST invadiram com violência a Fazenda Macaxeira, no sul do Pará (município de Eldorado dos Carajás), em novembro de 1995.
Em abril de 1996, esses invasores, reforçados com outros integrantes do MST vindos de municípios vizinhos, resolveram protestar contra a demora em receber os títulos de propriedade prometidos, embora poucos meses houvessem se passado. Entre outras ações ilegais, bloquearam a BR-155, estrada federal importante da região, causando sérios problemas de abastecimento e deslocamento.

A Polícia Militar, acionada pelo governo do Estado, enviou um contingente (pouco mais de uma centena de soldados) para desbloquear a estrada. Os invasores, enfurecidos e contando com sua enorme superioridade numérica (cerca de 30 para 1), resolveram expulsar os soldados a golpes de foice, facão e armas de fogo. As filmagens não deixam dúvidas: mostram um episódio da mais clara legítima defesa: se não reage a tiros, o contingente policial seria dizimado pelos invasores frenéticos que marchavam contra ele.
Os policiais cessaram os disparos imediatamente após o recuo dos atacantes, o que resultou em número relativamente pequeno de mortes entre eles: 17 mortos, para alguns milhares de agressores.
Mas o episódio seria uma vitória para os desordeiros, que, como abutres, aproveitaram cada gota de sangue derramado pelos seus. Pode-se mesmo dizer que festejaram as mortes de seus integrantes, pelos frutos colhidos: grande exploração pela imprensa, solidariedade do governo estadual, com o governador, o esquerdista Almir Gabriel fazendo de conta que não dera a ordem para a operação da PM, solidariedade do governo federal (o presidente era o marxista FHC), mais o barulho feito pelos partidos de esquerda no Congresso, pelos padres da malfadada Teologia da Libertação, e por toda esquerda afinal. E pagaram os que cumpriam seu dever: os oficiais que comandaram e os praças da PM que executaram a operação cumprindo ordens, e que não aceitaram serem abatidos pelos desordeiros, foram processados e alguns condenados, apesar da indiscutível legítima defesa.
O MST é inimigo declarado do que há de mais útil ao país no seu empresariado: o agronegócio. Para o movimento, o agronegócio representa a exploração e o atraso, numa visão completamente destorcida da realidade, algo bastante comum entre os marxistas de todos os matizes.
Afinal, para quem tem o mínimo de discernimento, são os empresários do campo quem proporciona alimentação barata aqui dentro e quem equilibra nossa balança comercial lá fora, além de avançar exemplarmente na produtividade, sabendo usar a mais moderna tecnologia. E tudo sem dependência indevida do governo.
Já o MST, ao longo de sua história, nunca protagonizou nenhum episódio construtivo. Ao contrário, são vários os acontecimentos de sua autoria que primaram pela selvageria, pela crueldade, pela destruição e pela ignorância.
Atos de destruição e ignorância do MST
1
Num episódio que tem até seu lado cômico dentro do abuso criminoso, o MST invadiu em 2002 uma fazenda do então presidente Fernando Henrique Cardoso, em Buritis, Minas Gerais.
Os chefes do movimento, até então, como muita gente até hoje, ignoravam o pacto secreto entre PT e PSDB e não sabiam que os dois partidos representavam duas faces da mesma moeda. Julgavam que a invasão bombástica viria a beneficiar o MST e o PT. Os desordeiros acabaram por sair da propriedade, após se refestelar por alguns dias na sede, bebendo todos os vinhos franceses do vaidoso presidente.
2
Em 2006, cerca de 500 integrantes de um braço do MST invadiram a Câmara dos Deputados, agrediram os integrantes da Polícia Legislativa, alguns dos quais foram hospitalizados em estado grave, e depredaram as instalações legislativas.
3
Em 2006, o movimento invadiu os laboratórios da Aracruz Celulose no Rio Grande do Sul, e destruiu o trabalho de 15 anos de pesquisa genética sobre eucaliptos, inutilizando milhares de amostras. As instalações foram completamente depredadas, causando, além do prejuízo científico, elevados danos materiais.
4

Em 2009, na região paulista de Bauru, o movimento invadiu fazenda do grupo Cutrale, produtor de suco de laranja, destruiu máquinas e instalações e expulsou os trabalhadores da fazenda. E usou um trator para destruir milhares de laranjeiras, numa ação que em nada beneficiou o movimento, ou quem quer que seja (mas certamente prejudicou os produtores e a economia do país). Vandalismo inútil, apenas pelo prazer de destruir e intimidar.
5
Durante os anos 2015 e 2016, a fazenda Cedro, em Marabá, Pará, foi invadida, várias vezes, por integrantes do MST. Fortemente armados, queimavam máquinas, espancavam e expulsavam trabalhadores, depredavam suas casas, e degolavam vacas de raça, objeto de transplante de embriões, arrancavam seus fetos e abandonavam as carcaças, levando apenas as carnes nobres. Cerca de 800 animais sofreram esse abate cruel e intimidatório.
Entre os muitos chefes do bando, dois fizeram fama, pela truculência, pela violência, pelo constante desrespeito à lei: José Rainha e João Pedro Stédile. Embora indiscutivelmente responsáveis pelos crimes de seus comandados, sempre conseguiram driblar a justiça e fugir dos inúmeros processos em que foram indiciados, apoiados pelas figuras mais altas da República. E há fatos mais macabros para nos indignar: Muitas pessoas inocentes foram trucidadas pelo bando, nessas invasões, e nem são lembradas. A imprensa, o PT, o PSOL e o PC do B não fazem caso delas, embora pessoas honestas e trabalhadoras. Para elas não há choro e nem vela, mas se um vadio sem-terra perde a vida numa dessas invasões, é um Deus-nos-acuda.
Assassinatos promovidos pelo MST e ignorados pela imprensa
1
Morte a tiros, em Pedro Canário (Espírito Santo), do fazendeiro José Machado e do PM Sérgio Narciso, quando tentavam impedir a invasão da Fazenda Ipuera, do primeiro (abril de 1989).
2
Morte do segurança Nelson Pinto Guimarães em Laranjal, no Paraná, baleado por invasores do MST (novembro de 1998).
3
Morte do cabo PM Valdeci, no centro de Porto Alegra, cercado por um grupo do MST e degolado por um golpe de foice (agosto de 1990).
4
Morte do segurança Pedro Dinarte, a tiros, na invasão da Fazenda Santa Inês, município de Sulina, Paraná (março de 2001).
5
Morte a tiros de quatro seguranças de uma fazenda em São Joaquim do Monte, em Pernambuco (João Arnaldo, José Wedson, Rafael Erasmo e Wagner Luís) por um bando do MST (fevereiro de 2009).
6
Morte do tenente PM Figueiredo Rodrigues e do sargento PM Rodrigues, emboscados por integrantes do MST em Jaci-Paranã, Rondônia (outubro de 2020).
MST só invadiu 15 fazendas no governo Bolsonaro
Nos dois mandatos de Fernando Henrique Cardoso, os sem-terra invadiram quase 2.500 fazendas. Na administração de Lula, cerca de 2.000. Na era Dilma Rousseff, foram cerca de 1.000 invasões. Foram 54 invasões durante o curto período de Michel Temer. Nos últimos quase quatro anos de Bolsonaro elas não passaram de 15. Se há temor de punição, a criminalidade vai à próximo de zero.
Por várias vezes surgiram depoimentos fidedignos de envolvimento do grupo paramilitar e traficante de drogas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) com o MST, que seria militarmente treinado por elas, algo muito preocupante.
Para terminar, um alerta: o MST, hoje recolhido, pretende a volta à barbárie. Está até sendo convocado para isso.