Combate a terrorismo por terra é muito mais eficaz
21 novembro 2015 às 10h57
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A experiência militar, desde o século passado, demonstrou que é limitado o poder da Força Aérea, quando isolado, como efeito decisivo numa guerra. É importantíssima, essa força, quando atua em combinação com as demais, principalmente com a força terrestre. Os bombardeios na verdade resultam dispendiosos para quem bombardeia e para quem é atacado. Se prejudicam a atividade econômica do oponente, raramente conseguem anulá-la, se não se conjugam com outras forças em contato direto com o inimigo. Quanto à destruição de efetivos, mais limitados se mostram estes ataques, pois tropas no solo têm inúmeras maneiras de se proteger de ataques pura e simplesmente aéreos, que, além disso, fazem vítimas civis.
As “pedradas” que as forças aéreas dos EUA, da Rússia e de outros países têm dirigido ao Estado Islâmico não eliminam sua organização e poder de fogo, como demonstram os ataques de Paris. São mais medidas para efeito interno em seus países (os governantes querem mostrar aos governados que estariam agindo) do que ações para erradicar o Isis.
Ou se faz uma guerra de ocupação no território sírio e em outros territórios dominados por ele ou teremos que conviver com ataques isolados infindáveis. O ataque por terra é mais difícil, mais desgastante, gera perda de vidas, mas é a única possibilidade de acabar com o grupo terrorista. A menos que se leve a sério o delírio diplomático de Marco Aurélio Garcia e Dilma Rousseff levado pela presidente à Assembleia Geral da ONU: dialogar com os fanáticos degoladores e homens-bomba, em vez de combatê-los.