Os homens enfrentam um desafio que as mulheres ignoram. Nas relações sexuais, elas não enfrentam o risco masculino da não ereção do membro sexual. Na contrapartida, uma vagina seca pode ser lubrificada artificialmente, se uma boa sessão de carícias não resolver. Já o homem, em caso de um fracasso momentâneo, não existe alternativa. Broxou! Fim de festa. Só resta o vexame.

Como não existe aviso prévio, até que a ereção aconteça, o homem enfrenta a insegurança de um fracasso. E, como estes acontecem a todos, permanecem na memória. Por receio de um fracasso, os homens tendem a antecipar a penetração. Em não estando a parceira devidamente preparada, pode levar a uma ejaculação precoce, que não dá à fêmea o tempo de excitação necessária para atingir o orgasmo.

Não só o temor pode levar à broxada. Há aspecto outros como: problemas físicos, estresse, fatores ambientais (cheiro, ruído, insegurança… ). A estes se soma o nível de ansiedade, que varia de indivíduo para indivíduo. E quanto maior a ansiedade ou emoção, maior o risco de não ocorrer a ereção. Este é um fato independentemente do nível de masculinidade do macho. Da mesma maneira que um ser experiente, conhecedor da fisiologia feminina, deve saber que a mulher necessita de “carinhos preparatórios” para conseguir a lubrificação.

Os casos de “fracassos femininos”, que acontecem quando o libido não está excitado, não impedem que a mulher, mesmo não se satisfazendo, deixe de atender sexualmente o seu parceiro. O que não acontece com o homem. Acrescente o fato constrangedor do indivíduo ficar impedido de cumprir a função de macho.

As relações estáveis minimizam este problema. A menor ansiedade, por não ser novidade, propicia maior segurança diminuindo os números de fracassos. Não há pressa. O tempo está a favor. Pode-se ter a relação seguindo a rotina do casamento, que é dormir na mesma cama. Quando o ato transcorre naturalmente. Já nos casos eventuais, o encontro não é rotineiro. E o fator novidade provoca excitação anormal. Quanto maior for a cobiça por uma conquista, maior a ansiedade e, consequente, o risco do fracasso. A novidade, quando excessivamente desejada, pode ser uma faca de dois gumes. De um lado estimula e de outro aumenta a insegurança. O que pode resultar na impotência.