Uma operação realizada na manhã desta quinta-feira,7, pela Polícia Civil apreendeu celulares e computadores de diversas autoridades do município de Luziânia, no Entorno do Distrito Federal, incluindo a vice-prefeita Ana Lúcia (Podemos). Informações preliminares indicam uma investigação relacionada ao desvio de recursos habitacionais do programa Cheque-Reforma, ocorrido em 2018, quando a então vice-prefeita era vereadora.

A Polícia Civil do Estado de Goiás, por meio da Delegacia Estadual de Combate à Corrupção (DECCOR), deflagrou nesta quinta-feira, 07, a operação “Pacto Espúrio” com o objetivo de cumprir 19 mandados de busca e apreensão. As medidas visam atingir membros de um grupo criminoso atuante em Luziânia/GO, investigado por fraudes na execução de programas habitacionais na região nos anos de 2018 e 2019.

A operação é resultado de uma segunda fase investigativa que apura a inserção fraudulenta de beneficiários no programa habitacional estadual denominado “Habitar Melhor” (“Cheque Reforma”), direcionado legalmente para pessoas de baixa renda, visando a reforma ou construção de unidades habitacionais urbanas ou rurais.

A primeira fase da investigação resultou em uma operação policial realizada pela DECCOR/PCGO em dezembro de 2021, na qual foram cumpridos mandados de busca e apreensão, além de quebras de sigilos bancário, fiscal, telefônico e telemático dos envolvidos. A partir desse resultado, a investigação alcançou a liderança do grupo criminoso, composta por servidores públicos e lideranças políticas locais.

Uma das linhas de investigação aponta que os recursos eram desviados para outras finalidades, mesmo após a indicação de beneficiários por alguns agentes políticos. A Polícia Civil não forneceu mais informações sobre o caso, tornando inviável afirmar qual é a participação da atual vice-prefeita no suposto esquema, declarando apenas que ela é uma das investigadas.

Vice-prefeita

A vice-prefeita Ana Lúcia explicou ao Jornal Opção que, apesar de seu celular ter sido apreendido, “estou tranquila, pois não encontrarão nada que me incrimine.” Ela alega não ter envolvimento com o prefeito e desconhece os detalhes da operação, reforçando que está rompida com o prefeito Diogo Sorgatto (União Brasil), e, desde o desligamento, não participa das decisões da prefeitura. O depoimento de Ana Lúcia está marcado para o dia 16 de abril, e ela afirma que provará sua inocência.

Prefeito

Em relação ao prefeito, a assessoria informou que nada foi apreendido e nenhum policial o abordou. Alegam que a Polícia Civil não divulgou a lista dos investigados e não houve buscas e apreensões na residência do prefeito. A equipe ainda ressaltou que o processo se refere a uma investigação de mais de sete anos atrás, sem nenhuma possibilidade de vinculação do prefeito nas supostas fraudes.

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